Bebê recebe raro transplante duplo de pulmão e consegue respirar sozinha
Uma bebê com uma rara condição respiratória sobreviveu graças a um duplo transplante de pulmão. Agora, ela respira sozinha; conheça a história
Uma bebê americana tem uma doença chamada Deficiência de Surfactante B, que impede seus pulmões de funcionarem corretamente. A sua expectativa de vida sem transplante de pulmão era de cerca de três a cinco meses.
Porém, agora ela respira sozinha graças a um raro transplante duplo de pulmão. Kylie Overfield foi colocada em um ventilador mecânico, também conhecido como máquina de respiração, imediatamente após seu nascimento, em 10 de novembro de 2023, devido à deficiência.
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A doença é uma condição genética rara que causa anormalidades no revestimento do tecido pulmonar, dificultando a respiração, de acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.
Bebê recebe transplante: baixa expectativa dos médicos
A condição, que afeta cerca de 1 em cada 1 milhão de recém-nascidos em todo o mundo, pode levar à insuficiência respiratória.
No caso de Kylie, a condição era tão grave que os médicos temiam que ela não sobreviveria muito depois do nascimento, que ocorreu numa sexta-feira, segundo sua mãe, Ashley Overfield.
“Eles não achavam que Kylie conseguiria”, disse a mãe de Kylie ao Good Morning America. "Ela não sobreviveria ao fim de semana".
Desafiando as probabilidades, Kylie sobreviveu aos três meses seguintes e, em janeiro, estava forte o suficiente para ser transferida do hospital da Virgínia, onde nasceu, para o Hospital Infantil do Texas, em Houston.
"Estou lhe dizendo, ela foi uma guerreira", disse Ashley, que também tem dois filhos mais velhos. "Se ela estivesse lutando, eu nunca iria parar de lutar."
Bebê recebe transplante: cirurgia arriscada
Os médicos disseram à mãe que as melhores chances de Kylie sobreviver a longo prazo seriam um arriscado transplante duplo de pulmão.
Nos Estados Unidos, nos últimos 10 anos, apenas 35 cirurgias foram realizadas em bebês com menos de um ano de idade, segundo dados oficiais da Rede de Aquisição e Transplante de Órgãos (OPTN) que controla esses números nos EUA.
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Kylie foi colocada na lista de espera para a operação e - apenas dois meses depois - os médicos conseguiram encontrar um bebê compatível. E, no dia 17 de abril deste ano, a menina, então com cinco meses, passou por uma cirurgia de 11 horas que envolveu até 20 equipes médicas.
Após a cirurgia bem-sucedida, durante a qual um buraco em seu coração também foi reparado, Kylie conseguiu respirar sozinha pela primeira vez na vida.
Espera-se que ela receba alta do Hospital Infantil do Texas nos próximos dias.
Bebê recebe transplante: gratidão enorme
Ashley disse ao Daily Mail que ela e sua família estão gratos à mãe do bebê doador, que fez a escolha caridosa de doar órgãos.
"Estou muito grata por ela ter escolhido doar os órgãos porque salvou meu bebê e tenho certeza de outros bebês. Meu coração dói por ela e penso nela a cada minuto de cada dia", agradeceu.
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