Leucemia linfocítica crônica: o que é a doença de Susana Vieira

Susana Vieira comentou sobre seus problemas de saúde em entrevista ao Fantástico. Ela sofre de leucemia linfocítica crônica; conheça a doença

21:21 | Mai. 21, 2024

Por: Caynã Marques
A atriz Susana Vieira revelou que foi diagnosticada com Leucemia linfocítica crônica (foto: Reprodução/Globoplay)

A atriz Susana Vieira, 81 anos de idade, revelou durante uma entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, nesse domingo, 19, que sofre de leucemia linfocítica crônica (LLC). Ela afirmou que "está em paz" apesar de ser uma doença que a medicina ainda não conseguiu conduzir a um estágio de cura.

"Tenho leucemia linfocítica crônica, que é uma doença que não tem cura e não adianta fazer transplante de medula. É óbvio que, à medida que você vai ficando mais velho, você fica preocupado. Então, essa doença, parece que foi Deus, me deixou em paz. Ou eu estou mais em paz, talvez", afirmou.

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A leucemia é um termo genérico para câncer do sangue e dos tecidos formadores de sangue do corpo. A leucemia linfocítica crônica é o tipo mais comum da doença. A maioria dos casos ocorre em pessoas com 55 anos ou mais.

Segundo a principal página americana que lida com doenças, o National Cancer Institute, LLC é um distúrbio de linfócitos morfologicamente maduros, mas imunologicamente menos maduros. Manifesta-se pelo acúmulo progressivo dessas células no sangue, na medula óssea e nos tecidos linfáticos.

Essas células cancerosas não são capazes de combater infecções. Elas também expulsam as células saudáveis da medula e causam aumento dos gânglios linfáticos, fígado e baço.

Leucemia linfocítica crônica: diagnóstico

Segundo um artigo divulgado pelo Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença é estabelecido por meio de exames de sangue, a fim de contar e identificar células anormais do sangue e observar quais tipos de células estão presentes na amostra analisada e sua quantidade.

A quimioterapia com fludarabina e ciclofosfamida é utilizada para o tratamento de primeira linha da leucemia linfocítica crônica. A maior parte dos pacientes não apresenta, nos resultados de seus exames, parâmetros compatíveis com os critérios utilizados para o diagnóstico e não necessita de tratamento.

Entretanto, alguns apresentam a doença em estágio mais avançado e precisarão de tratamento logo após o diagnóstico.

Leucemia linfocítica crônica: principais fatores de risco

Conhecer os fatores de risco de uma doença pode ser um passo importante para detectá-la precocemente. É importante ressaltar que nem todas as pessoas com fatores de risco desenvolverão a doença.

Os fatores de risco para LLC incluem:

  • Histórico familiar: Pessoas com pais, irmãos ou filhos que tiveram LLC têm maior probabilidade de desenvolver a doença.
  • Idade: Quase 90% dos novos casos de LLC são diagnosticados em pessoas com 55 anos ou mais.
  • Sexo: Mais homens desenvolvem LLC do que mulheres.
  • A LLC é mais comum entre brancos do que entre negros, embora seja muito rara entre pessoas de ascendência asiática.
  • Agente Laranja: A exposição a este produto químico é um fator de risco conhecido para LLC.

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Leucemia linfocítica crônica: ocorrências

A LLC ocorre com mais frequência em homens, com idade entre 65 e 74 anos. Nos Estados Unidos, estimou-se que, entre os anos de 2014 e 2018, a taxa de incidência de LLC foi de 4,9 casos a cada 100.000 indivíduos por ano. No Brasil, não há estimativas específicas para a LLC.

Contudo, considerando todos os tipos de leucemia, foram esperados 5.920 novos casos em homens e 4.890 em mulheres para cada ano entre 2020 e 2022.

Leucemia linfocítica crônica: benefícios dos exercícios

De acordo com um estudo liderado por pesquisadores do Centro de Câncer MD Anderson da Universidade do Texas, em Houston (EUA), uma intervenção de atividade física baseada em exercícios aeróbicos melhorou não apenas os momentos de lazer e a fadiga, mas também teve um impacto favorável no perfil de células T em pacientes idosos com leucemia linfocítica crônica.

O exercício e a melhoria da aptidão física desempenham um papel benéfico na mitigação de uma ampla gama de toxicidades relacionadas ao câncer, incluindo fadiga, capacidade de exercício e qualidade de vida física.

Os efeitos favoráveis do exercício também foram observados em pacientes com LLC, a leucemia adulta mais comum nos EUA, especificamente, em pacientes com a doença que apresentam maior aptidão física.

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