Ovos: comer muitos faz mal? Tem limite? Veja novo estudo

Pesquisa durou 4 meses e procurava avaliar os efeitos da ingestão de 12 ou mais ovos fortificados por semana em comparação a uma dieta sem ovos; confira

De vilão a mocinho, o ovo entra no debate popular a partir de uma pergunta: é verdade que aumenta o colesterol? Para um estudo prospectivo apresentado na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology em abril, os níveis apresentados foram semelhantes aos de indivíduos que não se alimentaram com ovos.

A pesquisa durou quatro meses e procurava avaliar os efeitos da ingestão de 12 ou mais ovos fortificados por semana em comparação a uma dieta sem ovos (consumo de menos de dois ovos por semana) sobre o colesterol HDL (o “colesterol bom”) e LDL (o “colesterol ruim”).

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De acordo com a Duke University, cujos pesquisadores lideram o estudo, a verificação contou com 140 participantes, todos com 50 anos ou mais, que sofreram pelo menos um evento cardíaco no passado ou apresentavam fatores de risco para doenças cardiovasculares, como diabetes.

O resultado não encontrou alterações significativas no colesterol bom ou ruim, mas uma descoberta secundária sugeriu a possibilidade de algum benefício associado ao consumo de ovos fortificados para pacientes idosos e pacientes com diabetes.

O estudo foi financiado pela empresa de produção e venda de ovos Eggland's Best, responsável por fornecer os alimentos utilizados.

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Comer muitos ovos faz mal e pode aumentar o colesterol? 

No grupo que se alimentou de ovos fortificados, os resultados mostraram uma redução de -0,64 mg/dL e -3,14 mg/dL no colesterol HDL e colesterol LDL, respectivamente.

Mesmo que não seja estatisticamente significativo, o diferencial sugere que comer 12 ovos fortificados por semana não teve efeito adverso sobre o colesterol no sangue.

“Este é um estudo pequeno, mas nos dá a garantia de que comer ovos fortificados é aceitável no que diz respeito aos efeitos lipídicos durante quatro meses, mesmo entre uma população de maior risco”, explicou a principal autora do estudo, Nina Nouhravesh, pesquisadora do Duke Clinical Research Institute em Durham, Carolina do Norte.

Os desfechos secundários indicaram uma redução no colesterol total, número de partículas de LDL, outro biomarcador lipídico chamado apoB, troponina de alta sensibilidade (um marcador de dano cardíaco) e pontuações de resistência à insulina no grupo dos ovos fortificados, enquanto a vitamina B aumentou.

O estudo destaca ser unicêntrico e, portanto, limitado por tamanho e pela dependência do autorrelato dos pacientes sobre o consumo de ovos e outros padrões alimentares. Além disso, não foi uma pesquisa cega, ou seja, os pacientes sabiam em que grupo de estudo pertenciam, o que pode ter influenciado os seus comportamentos de saúde.

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