Covid-19: Região Norte apresenta sinais de queda e Centro-Sul aumento de casos

Fiocruz alerta que a análise se refere à semana anterior ao Carnaval e possíveis internações resultantes de infecções durante esse período ainda podem aparecer nas próximas semanas

Os dados mais recentes do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgados nesta sexta-feira, 16, revelam uma mudança no panorama epidemiológico do País.

Enquanto a Região Norte, que há semanas estava em alerta devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados à Covid-19, apresenta uma diminuição, algumas áreas do Centro-Sul mostram sinais de crescimento. 

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No Norte, que foi a última região a enfrentar um aumento de SRAG devido à Covid-19, há indícios de uma possível reversão dessa tendência, com sinais até mesmo de queda.

No entanto, é importante ressaltar que, como a análise se refere à semana anterior ao Carnaval, possíveis internações resultantes de infecções durante esse período podem aparecer nas próximas semanas.

Por outro lado, no Centro-Sul, alguns estados, como São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Rio de Janeiro de forma incipiente, estão experimentando um aumento nas internações associadas à Covid-19.

Além disso, também são observadas algumas internações devido ao vírus da influenza no Sul e Sudeste, embora em menor volume em comparação com ao vírus da Covid.

Em termos nacionais, a tendência de longo prazo indica uma queda nas últimas seis semanas, enquanto a tendência de curto prazo mostra crescimento nas últimas três semanas.

Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, faz um apelo aos foliões para que fiquem atentos a possíveis sintomas de resfriado ou gripe após o Carnaval e busquem assistência médica, se necessário.

Ele enfatiza a importância do isolamento e do uso de máscaras, independentemente do resultado do teste, como medida preventiva eficaz.

Quanto à incidência e mortalidade de SRAG, nas últimas oito semanas, o padrão típico de maior impacto entre crianças pequenas e idosos persiste.

A incidência da síndrome continua afetando principalmente crianças menores de 2 anos e pessoas com 65 anos ou mais.

Em relação às unidades da Federação, sete e estados resentam um crescimento na tendência de longo prazo de SRAG, com dados indicando associação com a Covid-19.

Quanto às capitais, quatro delas mostram sinais de crescimento.

Os resultados também revelam a prevalência de diferentes vírus respiratórios entre os casos positivos, com a Covid-19 sendo a mais predominante.

No entanto, a mortalidade continua sendo mais elevada entre os idosos.

Os números mais recentes indicam que, até o momento, foram notificados 7.260 casos de SRAG em 2024. Quanto aos óbitos, a maioria também está associada à Covid-19. 

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