Três novos medicamentos para o tratamento de micoses são incorporados ao SUS

A ação, anunciada na quinta-feira, 28, conta com um investimento de mais de R$ 36 milhões

Três novos medicamentos para o tratamento de micoses foram incorporados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, agora, poderão ser obtidos gratuitamente pela população, são eles: o Voriconazol, a Isavuconazol e a Anidulafungina. A ação, anunciada nessa quinta-feira, 28, conta com um investimento de mais de R$ 36 milhões.

As micoses são infecções causadas por fungos, relacionados ao bioma e a fatores geoclimáticos de cada região, como solo, clima, umidade, altitude e vegetação.

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A infecção, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), é considerada como grave e pode levar à morte, caso o tratamento adequado não seja aplicado. Os sintomas dependem do tipo da micose e da imunidade da vítima. Elas variam de uma simples lesão na pele até quadros mais graves com comprometimento sistêmico.

O Voriconazol, um dos novos medicamentos incorporados pelo SUS, é recomendado para pacientes diagnosticados com aspergilose invasiva. A aspergilose é conhecida por apresentar sintomas como tosse persistente com presença de catarro ou sangue, dificuldade ao respirar, dor no peito, perda de peso e febre acima de 38°C. O estimado é que ocorram cerca de 2.448 casos por ano. O fármaco custará R$ 7,8 milhões aos cofres públicos.

O Isavuconazol conta com investimento inicial de R$ 26,6 milhões. Ele é aplicado para o tratamento de pacientes com mucormicose. Os fungos que transmitem a infecção podem ser encontrados em resíduos orgânicos em decomposição: pão, frutas, alimentos contaminados, fezes de animais etc. Eles podem infectar os indivíduos por inalação, inoculação ou até mesmo ingestão dos esporos dispersos no ambiente. Se não tratada, a infecção pode levar à morte.

O terceiro medicamento, a Anidulafungina, é considerado revolucionário no tratamento contra a candidemia e outras formas de candidíase invasiva. Ela é um infecção invasiva do sangue, que tem sido diagnosticada com frequência crescente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido ao aumento no número de pacientes imunocomprometidos. Serão investidos cerca de R$ 2 milhões na compra do fármaco.

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