Ressaca no Ano Novo? Veja sintomas e como evitar incômodo
Com as festas de fim de ano chegando é preciso prevenir a famosa ressaca. Confira algumas formas de evitar ou remediar a condição
17:00 | Dez. 20, 2023
Com as festas de fim de ano chegando, um “vilão” costuma aparecer: a ressaca. O consumo excessivo de álcool nas comemorações sempre é acompanhado da sensação horrível que o exagero traz no dia seguinte.
Se você nunca ficou de ressaca, com certeza conhece alguém que já passou pela situação. Então, para saber como lidar com veisalgia, nome científico dado à reação, fique atento aos sintomas, prevenção e formas de curar:
Cerveja sem álcool faz mal? É realmente sem álcool? Quais benefícios? VEJA
Ressaca: o que é?
A ressaca é uma reação natural do organismo. Ela acontece quando o corpo precisa eliminar o álcool ingerido; dessa maneira, os órgãos precisam trabalhar mais que o normal, quando não existe bebida alcoólica no corpo.
O desconforto acontece depois que os efeitos do álcool passam, portanto, depois que o organismo já metabolizou tudo. Isso ocorre, geralmente, no dia seguinte à “bebedeira”.
Na maior parte dos casos a ressaca dura apenas algumas horas e pode vir a melhorar naturalmente.
Ressaca: causas
A ressaca pode ter algumas causas, como: o fígado receber mais álcool do que pode processar;desidratação por consumo excessivo de bebida alcoólica - já que o álcool é diurético -; e redução dos eletrólitos (minerais) no sangue.
O que traz os sintomas no dia seguinte é a combinação de intoxicação alcoólica com desidratação, além da falta de glicose.
Quando há exagero no consumo de bebida alcoólica, o organismo reage com a ressaca pelo fato de o corpo humano não ser projetado para ingerir grandes quantidades de álcool. A substância é tóxica para o corpo e desencadeia mecanismos de defesa para lidar com o componente nocivo.
Ressaca: sintomas
Os sintomas da ressaca costumam aparecer, geralmente, na manhã seguinte à noite de consumo excessivo de álcool. Também pode ocorrer no intervalo de 4 horas à 8 horas após cessar o uso de bebida alcoólica.
Os principais sintomas são:
- Dor de cabeça
- Dor no corpo
- Dor de estômago
- Falta de apetite
- Náuseas, vômito e diarreia
- Sono e irritação
- Dor nos olhos
- Sensibilidade à luz e ruídos
- Sede e boca seca
- Dificuldade de concentração
Além dos sintomas físicos, a ansiedade e a depressão podem ser potencializadas pela ingestão excessiva de bebida alcoólica.
Ressaca: como curar?
A cura da ressaca é simples, mas pode demandar bastante tempo, levando horas ou o dia inteiro para se recuperar dos sintomas.
Hidratação
Um dos passos mais importantes para amenizar os efeitos da ressaca é a hidratação, já que muitos dos sintomas estão associados à desidratação. Quando é consumido álcool, o corpo tende a perder líquidos devido aos efeitos diuréticos da bebida.
Beber água regularmente ajuda a repor os líquidos perdidos, normalmente na urina, e a restabelecer o equilíbrio de eletrólitos no corpo.
Comer
O consumo excessivo de álcool pode causar a perda de glicose durante a metabolização da substância; portanto, comer é essencial. Reponha esse nutriente comendo pães e arroz.
Além da glicose, preencher o estômago pode aliviar a náusea. Ovos cozidos também são recomendados e podem aliviar os sintomas. É recomendável evitar alimentos gordurosos, eles podem irritar o estômago. Prefira massas e doces.
Sono
Dormir não é uma tarefa fácil quando se está com ressaca, principalmente quando a dor de cabeça, as náuseas e outros efeitos desagradáveis estão bem presentes.
No entanto, o sono desempenha um papel importante após o consumo excessivo de álcool, podendo recuperar algumas das tensões causadas pelo consumo desinibido.
Não beber mais
Parece óbvio, mas para aqueles que têm algum tipo de dependência do álcool é preciso reforçar. Por ser tóxico ao corpo, o uso excessivo causa ressaca e adicionar mais da substância só vai piorar a situação do incômodo.
Medicamentos
Os analgésicos podem ajudar no alívio da dor de cabeça e do corpo; porém, alguns podem acelerar o metabolismo do fígado. Portanto, é importante consultar um médico. Nunca se automedique.
Catuaba é eleita a pior bebida alcoólica brasileira, aponta site; CONFIRA
Ressaca: kit ressaca
Para quem costuma ingerir álcool de forma excessiva e com frequência um kit ressaca é recomendável. Montar seu próprio kit é uma tarefa simples e a vantagem de ter tudo ao seu alcance quando preciso é valiosa.
Água mineral
Uma garrafa de água é sempre muito importante em qualquer circunstância; então, inclua no seu kit. Manter-se hidratado vai ser crucial para amenizar ou evitar a ressaca.
Isotônico
Bebidas isotônicas esportivas são uma boa adição ao kit, elas fazem o mesmo papel das soluções de reidratação. Portanto, podem ser uma alternativa para fazer a sensação horrível de ressaca ir embora mais rápido.
Comida
Ter comida consigo é uma ideia sensata quando se pretende beber excessivamente. A ingestão de alimentos pode diminuir os efeitos do álcool durante a ingestão ou mesmo reduzir os efeitos colaterais da ressaca. Uma barra de chocolate é sempre bem-vinda no kit ressaca.
Outros elementos que podem desempenhar um bom papel são melancia, água de coco, barra proteica, biscoitos e torradas.
Ressaca: como evitar?
Beber com moderação, essa é a principal forma de evitar a desagradável ressaca. Mas outras formas podem amenizar o desconforto, tais como: alternar entre a bebida alcoólica e água; se alimentar adequadamente, principalmente com alimentos leves e nutritivos; e não misturar diferentes tipos de bebidas.
Adele revela alcoolismo e diz que está há três meses sem beber álcool; ENTENDA
Ressaca: misturar bebidas potencializa os efeitos?
É mito que misturar diferentes tipos de bebida piora a ressaca, já que ela está mais ligada ao consumo excessivo de álcool do que especificamente ao tipo de bebida.
A mistura de diferentes bebidas pode trazer outras consequências, como acabar passando mal durante o consumo, o famoso “bodar”. Mas em relação à ressaca pouco fará efeito.
A ressaca é uma combinação de álcool excessivo, desidratação, falta de glicose e poucos eletrólitos no sangue.
As informações são do biomédico Kayo Vinicius para o Blog Minuto Saudável.