Dezembro Vermelho: conheça o mês de conscientização sobre o HIV

A ação tem como foco a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas acometidas das infecções. Conheça mais sobre HIV e Aids

A campanha Dezembro Vermelho é realizada anualmente com objetivo de conscientizar a população a respeito do HIV e da Aids. Assim, a ação busca combater a discriminação e os estigmas relacionados às infecções e ajudar na conscientização sobre a prevenção e as formas de tratamento.

Confira como a campanha funciona:

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Dezembro Vermelho: o que é?

Iniciada em 1988, a ação tem como marco o estabelecimento, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), do Dia Mundial de Luta Contra a Aids e o HIV, comemorado em 1° de dezembro.

No Brasil, a campanha foi instituída em 2017 por meio da Lei nº 13.504 e acontece, desde então, no mês de dezembro. É constituída por um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento do HIV, da Aids e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).

O foco da ação é na prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas acometidas das infecções.

A lei ainda estabelece que, durante a campanha, prédios públicos sejam iluminados com luz vermelha, palestras e atividades educacionais sejam promovidas e peças publicitárias sejam veiculadas.

Dezembro Vermelho: Qual o objetivo?

O objetivo da campanha é incitar a circulação de informações verdadeiras sobre as infecções e combater a discriminação e os estigmas que são atrelados às pessoas com IST.

Além disso, visa informar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, fazendo com que o tratamento seja mais eficaz. Os métodos de tratamento adequados para a situação também são informados com maior ênfase no mês de dezembro.

A partir disso, é possível fazer com que as pessoas busquem a realização de testes rápidos de HIV e façam exames de rotina com maior frequência. A campanha Dezembro Vermelho busca ainda elevar a distribuição de preservativos, tanto masculinos quanto femininos.

Dezembro Vermelho: o que é HIV e Aids?

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da Aids (Síndrome da Imunodeficiência Humana) e principal responsável por atacar o sistema imunológico do paciente infectado, podendo causar sérias complicações.

O HIV é capaz de afetar diretamente uma linhagem dos leucócitos (glóbulos brancos) chamados de linfócitos CD4 auxiliares. As funções deles incluem identificar, atacar e destruir bactérias, fungos e vírus que invadem o organismo.


HIV e Aids: diferenças entre os dois

Ter HIV não significa ter Aids. Alguns pacientes podem passar anos sem sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus para outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas ou durante a gravidez e amamentação.

  • HIV: é o agente causador da doença. O termo HIV positivo é utilizado quando o paciente está infectado pelo vírus, o estágio normalmente é assintomático.
  • Aids: é a doença causada pelo vírus. Por não reconhecer a infecção ou por não fazer o diagnóstico, o paciente acaba evoluindo para a doença e suas manifestações.

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HIV: sintomas, cuidados, diagnóstico e tratamento

As infecções sexualmente transmissíveis podem ser, em muitos casos, silenciosas. Então é importante estar atento aos sintomas e ter cuidados, principalmente nas relações sexuais.

Sintomas de HIV positivo

A infecção pelo HIV é assintomática durante a maior parte do tempo. Em alguns casos, pode apresentar gânglios no corpo e alguns sintomas gerais, como cansaço, emagrecimento, náuseas ou diarreia crônica.

Para descobrir um quadro de HIV, o ideal é que o médico tenha conhecimento sobre a história clínica do paciente, se já recebeu transfusão, os hábitos sexuais, uso de drogas etc. Após essa avaliação, são solicitados exames para detecção do quadro viral.

Além disso, para determinados pacientes, o Conselho Federal de Medicina (CFM) explica que é importante solicitar testes de HIV, Hepatite B e C e sífilis, a fim de diagnosticar precocemente e iniciar o tratamento específico.

Cuidados contra o HIV

No dia a dia, é importante estar atento aos cuidados com as formas de contágio. As principais são:

  • Sexo vaginal sem preservativo;
  • Sexo anal sem preservativo;
  • Sexo oral sem preservativo;
  • Compartilhamento de seringa;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.

Diagnóstico

No caso do HIV, o paciente dificilmente apresenta sintomas. Para diagnosticar o vírus é necessário um exame de sangue para a pesquisa de anticorpos e de antígenos do vírus. Além disso, é importante ver o nível de CD4, que são os linfócitos que o HIV ataca.

Tratamento

O tratamento para HIV é feito com medicamentos antirretrovirais, como lamivudina, tenofovir, dolutegravir e efavirenz. Tais remédios são fornecidos gratuitamente pelo SUS e devem ser tomados de acordo com as orientações médicas.

Sempre que possível, o tratamento deve ser iniciado assim que o diagnóstico de HIV positivo é confirmado. Quando feito corretamente, impede a multiplicação do vírus no organismo, favorecendo a recuperação do sistema imunológico.

Para um bom prognóstico, o ideal é que o paciente descubra a doença o quanto antes para iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Onde fazer teste rápido de HIV em Fortaleza?

Em Fortaleza, o teste rápido de HIV pode ser feito nos postos de saúde do município, no Centro de Testagem e Aconselhamento - CTA Carlos Ribeiro (R. Jacinto Matos, 918 – Jacarecanga), nas maternidades municipais e nas conveniadas como o Sistema Único de Saúde (SUS).

O resultado do teste rápido sai em menos de uma hora. Em caso de resultar em reagente seja positivo, o paciente é encaminhado para o Serviços Ambulatoriais Especializados em HIV/Aids (SAE).

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SAE: O que é e onde encontrar

Os Serviços Ambulatoriais Especializados (SAE) são equipamentos para apoio de pessoas vivendo com HIV/Aids em Fortaleza, com apoio de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de saúde.

Como acessar o serviço

As pessoas que vivem com HIV podem procurar qualquer um dos nove pontos de SAE:

  • CTA/SAE Emanuel Gomes Pinto (Rua Jacinto de Matos, 944 – Jacarecanga)
  • SAE Clínica Escola de Saúde da Faculdade Christus (Avenida Padre Antonio Tomaz, 3380 - Cocó)
  • SAE do Hospital Distrital Gonzaga Mota do José Walter (Av. D, nº 440, 2ª etapa, Conj. José Walter)
  • SAE do Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana - Referência para gestantes (Av. Washington Soares, 7700, Messejana)
  • SAE do Núcleo de Atenção Médica Integrada – NAMI Unifor (Rua Desembargador Floriano Benevides,221, Edson Queiroz)
  • SAE Policlínica João Pompeu Lopes Randau (Rua Estrada do Itaperí, 146 - Passaré)
  • SAE Policlínica Lusmar Veras (Avenida Carneiro de Mendonça, 1583 – Jóquei Clube)
  • SAE Policlínica Dr. Luiz Carlos Fontenele (Av. Juscelino Kubitschek, 5495 - Passaré)
  • SAE Policlínica Dr José Eloy da Costa Filho (Avenida Augusto dos Anjos, 2466 – Bonsucesso)

O horário de atendimento é de segunda a sexta. Com atendimentos das 8 horas às 11 horas e de 13 horas às 16 horas.

Ainda é possível encontrar em Fortaleza os medicamentos Profilaxias Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PEP), que servem para impedir a entrada do vírus HIV no organismo humano antes e depois de um possível contato.

HIV e Aids: o que são PrEP e PEP?

A PrEP é um medicamento que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV, como explica o site do Ministério da Saúde (MS). Dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) bloqueiam caminhos que o HIV usa para infectar o organismo; por isso, a PrEP deve ser tomada diariamente pelo paciente exposto ao vírus.

Já a PEP tem por base o uso de medicamentos antirretrovirais com o objetivo de reduzir o risco de infecção em situações de possível exposição ao HIV, de acordo com o MS. O uso da PEP é considerado uma urgência médica; por isso, deve ser iniciado o mais rápido possível, preferencialmente nas duas primeiras horas após uma possível exposição e, no máximo, até 72 horas depois.

Nessa profilaxia, os comprimidos são tomados por 28 dias e o paciente é acompanhado pela equipe de saúde responsável até depois do tratamento.


Leia mais em: PEP e PrEP: onde e como acessar profilaxia contra HIV em Fortaleza?

 

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