Confira dicas para melhorar o bem estar dos idosos nos dias mais quentes

Reforçar a ingestão de água, cuidar da alimentação e não esquecer de reaplicar o protetor solar são algumas das sugestões de especialistas para garantir o bem estar dos mais velhos durante ondas de calor

A onda de calor que vem alarmando brasileiros de diversas regiões e exigindo novas estratégias de autocuidado também é preocupante para a população idosa.

Diante de temperaturas cada vez mais elevadas e de condições extremas de umidade do ar, há alguns cuidados indispensáveis que podem contribuir com o conforto físico de pessoas com mais de 60 anos.

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Cuidados básicos, como hidratação reforçada, reaplicação de protetor solar ao longo do dia e escolha de alimentos leves são fáceis de se colocar em prática e podem ajudar bastante com a manutenção do bem estar do idoso mesmo nos dias mais quentes do período.

Confira a seguir dicas importantes para enfrentar com saúde esse período de muito sol, altas temperaturas e ar seco.

A importância da hidratação

Fundamental para qualquer idade, a hidratação é ainda mais importante para ajudar a garantir o bom funcionamento do organismo dos idosos, já que a quantidade de água presente em seu corpo é de apenas 40%.

"Eles possuem grande tendência à desidratação, por isso é aconselhável criar o hábito de ingerir líquidos mesmo sem estar com tanta sede", afirma Janaína Rosa, coordenadora técnica da rede Home Angels, franquia internacional que oferece serviços de cuidados personalizados para idosos.

Segundo a especialista, para se manter hidratado e garantir uma boa regulação das temperaturas corporais, pode-se criar o hábito de ingerir um copo de água a cada hora, intercalando o líquido com outras alternativas, como chás e sucos naturais.

Bebidas alcoólicas e que contenham cafeína não são recomendadas, já que, por serem diuréticas, podem aumentar a sensação de desidratação.

Protetor solar é item obrigatório

Não importa se o dia está ensolarado ou não, o recomendado é usar protetor solar diariamente, mesmo que você não se exponha diretamente ao sol. "Idosos possuem a pele mais fina, o que requer mais cuidados de hidratação e de proteção. Por serem mais sensíveis, são suscetíveis a mais doenças de pele", explica Janaína.

Quanto maior o fator de proteção, melhor, e é importante não esquecer de reaplicar o produto pelo menos uma vez ao longo dia. Além disso, a especialista recomenda, para auxiliar o organismo na produção de vitamina D, uma exposição diária máxima de 15 minutos ao sol, idealmente no início da manhã (antes das 10h) ou no fim da tarde (depois das 16h), quando há menor incidência de raios ultravioletas.

Comer bem é comer balanceado

Durante os dias mais quentes, é preferível que se opte por alimentos leves e de fácil digestão. "Consumir alimentos de fácil digestão deve ser prioridade, então o recomendável é bastante líquido e refeições com fartura de verduras e legumes", esclarece Janaína.

Frutas, verduras e legumes também possuem grandes quantidades de água, o que contribui com o processo de hidratação. Pensando nessa dose extra de água, é importante inserir na dieta alimentos como melancia e melão, o que vai aumentar a disposição do idoso.

Outros cuidados básicos

Além de se manter hidratado, reforçar o uso de protetor solar e optar por alimentos mais leves, é recomendável que o idoso, nos dias mais quentes, tome cuidado para escolher roupas adequadas, mais ventiladas. Caso precise se expor ao sol, é preferível que use peças leves que cubram braços e pernas.

Também é importante tomar pelo menos um banho ao dia, para refrescar o corpo e retirar o suor acumulado. Se o idoso pratica atividades físicas, é importante mantê-las, embora em um nível de esforço menos desgastante. Caso seja possível, é preferível optar por exercícios aquáticos.

Por fim, como aparelhos de ar condicionado e ventiladores costumam ser mais usados nesse período, é importante mantê-los limpos e com a manutenção em dia, para evitar o surgimento de doenças respiratórias.

Qualquer sinal de desidratação deve ser observado e, se possível, repassado ao médico: tonturas, dores de cabeça, lábios ressecados, cansaço exagerado, redução na quantidade de urina, confusão mental. Casos extremos de desidratação podem contribuir para quadros mais graves de derrame e acidente vascular cerebral (AVC).

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