Mais da metade dos brasileiros não vão ao dentista, aponta Ministério da Saúde
Cerca de 41,5% de pessoas com mais de 60 anos não tem mais os dentes, além de outras consequências do descuido
Dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) mostram que aproximadamente 60% dos brasileiros não usufruem de serviços odontológicos de qualidade, o que pode resuçtar em problemas como cáries, doenças periodontais e perda dentária precoce. A pasta também indicou que 55% dos brasileiros não vão ao dentista pelo menos uma vez ao ano.
As consequências desses dados são observadas na boca das pessoas. Aproximadamente 41,5% de pessoas com mais de 60 anos não tem mais os dentes, além de outras consequências do descuido: cáries, mau hálito e gengivite, além da saúde geral prejudicada.
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O odontologista Rodrigo Amadori pontua que para além das questões de saúde, cuidar dos dentes tem forte ligação com a autoestima. “Os procedimentos mais comuns em odontologia estética no Brasil incluem clareamento dental, lentes de contato dental, facetas de porcelana e ortodontia estética, dentre outros, e o objetivo desses procedimentos é melhorar a aparência dos dentes, proporcionando um sorriso mais bonito e harmonioso”, diz.
“É primordial deixar claro que a odontologia estética vai muito além de promover dentes bonitos, podendo oferecer soluções que impactam diretamente as questões que afetam a baixa autoestima”, ressalta o Rodrigo Amadori.
Ao O POVO, a odontopediatra e dentista Andressa Gomes explica que ir ao dentista regularmente é de suma importância, pois os profissionais saberão indicar e orientar sobre os cuidados adequados para manter a saúde bucal em dia.
“O dentista é capacitado para ajudar o paciente a prevenir doenças, especialmente a cárie, que é a segunda doença mais prevalente após o resfriado. Além disso, somente esse profissional consegue fazer o diagnóstico de determinadas lesões, como cárie, gengivite, periodontite , perdas dentárias, câncer bucal, além de desgaste dentário, problemas oclusais, estéticos e funcionais. Ao diagnosticar, conseguimos tratar e restituir saúde, reconstruir sorrisos, aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida”, ensina a profissional.
Andressa pontua ainda que os dentes, o sorriso, o corpo e a saúde estão conectados. “Cuidar da saúde bucal pode evitar dores, perda de dentes, evita prejuízo na função mastigatória, evita o desgaste dos dentes, evita a instalação de doenças, aumenta a autoestima e o bem estar.Ou seja, o cuidado com a saúde bucal implica positivamente na nossa qualidade de vida”, comenta.
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Medo de ir ao dentista
Muitas vezes, as pessoas podem não ir ao dentista por medo dos procedimentos realizados pelo profissionais de saúde bucal. A cirurgiã-dentista Talícia Cruz Vidal pontua que o cuidado com os dentes é uma via de mão dupla, daí a importância de enfrentar o receio.
“Para quem ainda tem medo de ir ao dentista, lembre-se que a odontologia se modernizou e muito! Hoje em dia, existem muitas tecnologias que tornam os procedimentos mais rápidos e indolores. Nossa formação profissional também está muito mais humanizada. Hoje o profissional dentista enxerga o paciente junto com seus medos, suas angústias e suas expectativas. Nós acolhemos e ouvimos nossos pacientes.”
Cuidar, cuidar e cuidar
Para manter a saúde bucal, é importante que os cuidados cotidianos sejam tomados. Andressa Gomes explica que a falta de cuidado pode causar a perda de dentes, instalação e progressão de doenças bucais, dentre outros problemas que, dependendo dos casos, podem comprometer a saúde geral do paciente.
Talícia Vidal pontua que existem cuidados simples, mas que fazem toda a diferença. “Uma boa escovação três vezes ao dia, fio dental uma vez por dia, ir a uma revisão no dentista a cada seis meses e uma boa alimentação. Não tem erro!”, acrescenta.
Para quem não consegue ir mais vezes, Rodrigo Amadori reforça a necessidade de se fazer o esforço para ir pelo menos uma vez por ano. "Dessa maneira, o profissional pode realizar uma avaliação completa e, caso haja algum problema, certamente será mais simples de ser resolvido, pois, devido ao acompanhamento periódico, provavelmente, estará no início”, finaliza.
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