Maioria dos brasileiros não pratica atividade físicas, diz estudo

Pesquisa da USP indica que 60% dos adultos não se exercita na quantidade recomendada pela OMS, e apenas 25% podem ser considerados fisicamente ativos

06:32 | Ago. 11, 2023

Por: Bemfica de Oliva
FORTALEZA,CE, BRASIL, 03.03.2021: Pessoas praticam exercícios na Beira mar. (Fotos: Fabio Lima/O POVO) (foto: FABIO LIMA)

A maioria dos brasileiros não pratica atividades físicas, segundo pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). O estudo, publicado nesta sexta-feira, 11, indica que 60% da população adulta não realiza exercícios no tempo livre.

Para chegar ao número, os cientistas analisaram a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Ministério da Saúde. O questionário avaliado foi o de 2019, com 88.513 participantes ao todo.

As informações, fornecidas pelos próprios pacientes, mostram que a população tem, em sua maioria, estilos de vida sedentários. Além da falta de exercícios, os brasileiros passam, em média, seis horas por dia usando celulares, tablets, computadores ou televisão.

O hábito contrasta fortemente com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão indica a realização de ao menos 150 minutos semanais de atividades físicas.

Os exercícios recomendados são práticas pouco complexas, como caminhada, ciclismo, musculação e yoga. Realizar estas atividades pelo tempo recomendado pela OMS reduz a incidência de doenças metabólicas (diabetes e hipertensão) e cardíacas, câncer e problemas mentais.

O epidemiologista Arão Oliveira, um dos cientistas responsáveis pelo artigo, afirma que o cenário ficou ainda pior após a pandemia. Segundo ele, as pesquisas sobre este aspecto até o momento não são estatisticamente representativas, mas indicam a tendência de redução do tempo dedicado às atividades físicas de 2020 em diante.

O estudo conclui que é necessário realizar ações para conscientizar a população sobre a necessidade de praticar exercícios para melhoria da saúde. Para os pesquisadores, o ideal é que estes programas sejam aplicados na rede de atenção primária, como os postos de saúde, e o investimento público nestas iniciativas precisa ser expandido.

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Fonte: Agência Bori