Dengue nos EUA: possibilidade de surtos gera alerta de saúde
Número de casos em 2023 está abaixo da média histórica, mas ano anterior teve surto com 68% mais diagnósticos que o habitualmente registradoAutoridades de saúde dos Estados Unidos têm enfrentado, nos últimos anos, um problema bem conhecido dos brasileiros: a dengue. Desde 2010, o país norte-americano passou a registrar nacionalmente os casos da doença e, desde então, dois surtos significativos ocorreram.
O mais recente foi em 2022, quando os Estados Unidos registraram 1.188 casos de dengue, 68% acima da média anual de 704 infecções. Em 2019, ano do outro surto, foram 1.475 diagnósticos, mais que o dobro do habitual.
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Os números referem-se aos 50 estados do país. Os territórios estadunidenses (Guam, Ilhas Marianas do Norte, Ilhas Virgens, Porto Rico e Samoa Americana), no Caribe no Oceano Pacífico, apresentam números mais graves: a média anual é de 2.489 casos, com picos em 2010 (10.911 diagnósticos), 2012 (6.167) e 2013 (9.884).
Nesses locais, em regiões tropicais, foram 315 casos em 2023 até julho, número bastante abaixo da média (que equivaleria a 1.452 infecções). Nos estados, foram 225 diagnósticos, contra uma média esperada de 411.
Segundo o Center for Disease Control (CDC), órgão de vigilância epidemiológica dos Estados Unidos, a maior causa de dengue no país são casos importados, ou seja, pessoas que viajam a outros países, são contaminadas, mas apresentam sintomas apenas após retornarem.
A quantidade de transmissões locais — quando um indivíduo infectado é picado por um mosquito Aedes aegypti ou A. albopictus, que então contamina outras pessoas — é menos significativa nos estados. Nos territórios, porém, é a forma mais comum de disseminação da doença.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, nos Estados Unidos não há campanhas intensivas para prevenir a proliferação dos mosquitos. Embora o CDC liste medidas para evitar o acúmulo de água parada, a principal recomendação do órgão é apenas o uso de repelente.
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