4 motivos para trocar a prótese de silicone
18:14 | Mai. 25, 2023
A mamoplastia com prótese é um procedimento que utiliza implantes de silicone para modificar e aumentar as mamas, tornando-as mais harmoniosas e proporcionais com o resto do corpo. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil é o segundo país que mais faz mamoplastia no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Validade da prótese
Com os altos números de aderentes à técnica, também surgem diversas dúvidas sobre o assunto. De acordo com Regis Milani, cirurgião plástico Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, uma das maiores inseguranças das pacientes que possuem próteses mamárias é não saber exatamente quando será necessário realizar a troca.
“As próteses mais antigas, fabricadas nas décadas de 60 e 70 e início dos anos 80, eram preenchidas de silicone líquido. E os próprios fabricantes da época estabeleciam um prazo médio de validade e sugeriam a necessidade de troca dos implantes num prazo que variava de 10 a 15 anos, dependendo da marca”, afirma o médico.
Segundo ele, hoje não há mais uma data de validade para os silicones. “As próteses evoluíram muito desde então, e já há algumas décadas elas são preenchidas com gel de silicone de alta coesão e suas cápsulas externas são muito mais resistentes. Não existindo mais a indicação formal de troca devido à idade dos implantes”, explica.
Quando trocar a prótese de silicone?
Existem algumas situações que levam a necessidade de troca da prótese para alguns pacientes, como lista abaixo o cirurgião plástico:
1. Contratura capsular
Mesmo com a alta qualidade das próteses e as melhores técnicas de cirurgia, ainda existirão situações em que será necessário fazer a troca dos implantes. Segundo o Google Trends, nos últimos meses, a busca por “contratura capsular” aumentou em 300%. O termo refere-se ao endurecimento da cápsula que se forma ao redor da prótese. Isso porque todo silicone inserido no corpo vai ocasionar uma reação do organismo.
“Essa cápsula, ao longo dos anos, vai se tornando cada vez mais espessa e rígida, podendo causar distorções na forma e até mesmo dores nas mamas. Quando a contratura atinge esses níveis, se faz necessário a retirada dessas cápsulas de colágeno e a troca das próteses”, explica Régis Milani.
2. Ruptura da prótese
Segundo Régis Milani, outra situação que pode gerar a necessidade de troca é a ruptura da prótese. “A rotura do implante, apesar de ser muito incomum e rara, é uma das situações que irão exigir a troca das próteses. Atualmente, o silicone que preenche as próteses é um gel bem coesivo, portanto, quando ocorre a rotura da cápsula externa da prótese, ele não irá extravasar para o organismo”, diz o especialista.
Nesses casos, a dica do cirurgião é sempre guardar o cartão de informações da prótese. Muitas marcas oferecem uma garantia vitalícia do produto e, quando ocorre uma ruptura ou contratura, algumas empresas substituem a prótese. A pessoa não precisa se preocupar com esse gasto a mais, somente com a cirurgia.
3. Rippling
Outra causa de necessidade de troca é o rippling. Régis Milani explica que esse problema acontece quando ficam evidentes nas mamas as ondulações e as dobras das próteses. “Normalmente, ocorre em pacientes muito magras, quando já existe algum grau de contratura capsular. Nesse caso, além da troca das próteses também é necessária a troca do plano onde esses implantes serão colocados”, complementa o cirurgião.
4. Estética
O médico ressalta que as trocas podem ocorrer ainda por uma questão de estética, por exemplo:
- Próteses mal posicionadas, muito mediatizadas ou muito lateralizadas;
- Quando a mulher não se identifica mais com o volume dos implantes, que podem parecer muito pequenos ou muito grandes para o novo momento da paciente;
- Em casos de flacidez das mamas, que são comuns quando a mulher sofre o efeito sanfona ou depois da gestação ou amamentação. “Pode ser indicada uma cirurgia chamada mastopexia ou lifting das mamas. E, nesse momento, acaba sendo indicado a troca dos implantes”, finaliza Régis Milani.
Por Sarah Monteiro