Novo medicamento contra doença de Alzheimer é aprovado nos EUA
Mesmo com bons resultados, o Leqembi também apresenta riscos potenciais à segurança dos pacientes. Remédio ainda não é aprovado no Brasil
14:42 | Jan. 07, 2023
A agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou um novo medicamento para o tratamento da doença de Alzheimer. O remédio, batizado de Leqembi, é direcionado especificamente para quem possui a doença leve ou em estágio inicial.
O Leqembi demonstrou, de forma convincente, uma capacidade de retardar o declínio da memória e do pensamento, sintomas que definem a doença de Alzheimer.
Mesmo com bons resultados, o Leqembi também apresenta riscos potenciais à segurança dos pacientes, provocando efeitos colaterais como inchaço cerebral.
O medicamento foi criado pela empresa japonesa Eisai, em parceria com a americana Biogen. Apesar de a droga conseguir atrasar o declínio cognitivo apenas por alguns meses, alguns especialistas dizem que o remédio ainda pode melhorar significativamente a vida das pessoas.
O medicamento custará cerca de US$ 26,5 mil (R$ 138,59 mil) para um ano típico de tratamento. Segundo a empresa Eisai, o preço reflete o benefício do remédio em termos de melhoria da qualidade de vida, redução da carga para os cuidadores e outros fatores. O Leqembi atua limpando uma proteína cerebral pegajosa chamada amiloide, que é uma característica da doença de Alzheimer, cuja causa ainda não é clara.
Cerca de 6 milhões de pessoas nos EUA têm Alzheimer. Dados do Ministério da Saúde indicam que, no Brasil, esse número gira em torno de 1,2 milhão de pessoas com a doença. O Alzheimer ataca gradualmente áreas do cérebro necessárias para memória, raciocínio, comunicação e tarefas diárias.
No Brasil, o medicamento precisa ser aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). O remédio ainda não foi enviado pela fabricante para análise.