Colesteatoma causa fortes dores no ouvido; conheça causas e tratamento

Caso o problema não seja tratado da forma adequada, ele pode resultar em complicações mais graves.

09:21 | Dez. 30, 2022

Por: Gabriel Damasceno
João Paulo foi diagnosticado com o tumor e teve que realizar uma operação para remover o tecido doente. (foto: Reprodução/Governo do Ceará)

O colesteatoma é um tipo de tumor benigno que afeta o ouvido médio. Ele pode ser congênito, presente desde o nascimento, ou pode ser desenvolvido a partir de perfurações no tímpano ou de infecções e inflamações, as chamadas otites.

João Paulo Rodrigues, de 19, anos foi diagnosticado com o tumor. O jovem relata que desde criança tinha dores no ouvido, às vezes com a presença de pus. Em novembro deste ano, o incômodo veio acompanhado de febre e vômito. Além de comprometer a audição, o colesteatoma também provocou uma inflamação no osso do ouvido próximo ao cérebro, o que é chamado de mastoidite.

“Ele ainda tinha uma fístula [comunicação anormal entre órgãos ou vasos sanguíneos] na pele que já estava drenando para a parte externa e um abcesso na parte localizada atrás da orelha”, detalha Débora Lima. Ela é coordenadora médica do serviço de Otorrinolaringologia do equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

João deu entrada em uma unidade de saúde no município de Ibiapina e, mais tarde, foi transferido para o Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), onde realizou uma mastoidectomia, uma operação de remoção do tecido doente.

Colesteatomas requerem cirurgia

De acordo com Francisco Lure Sampaio Lira, cirurgião do Helv e responsável pela operação de João Paulo, caso o problema não seja tratado da forma adequada, ele pode resultar em complicações mais graves, como: abscesso na pele ou intracraniano, além de desenvolver meningite, encefalite e paralisia facial. Ainda segundo o especialista, nem toda otite média crônica precisa ser operada, mas no caso de colesteatomas o indicado é a realização de procedimentos cirúrgicos.

Por isso, o aconselhável é sempre procurar um especialista. “A maioria dos pacientes cai numa Emergência com um clínico-geral. Nem sempre o tratamento prescrito nessas situações vai resolver o problema. Uma assistência especializada, como a que prestamos no Helv, é a melhor alternativa”, complementa Francisco.