Outubro Rosa: como prevenir o câncer de mama em pets

O cancer de mama afeta 45% das fêmeas caninas no Brasil e é uma das principais doenças que atingem os cachorros

Outubro é o mês da conscientização do câncer de mama, a doença é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos de câncer a cada ano. Mas ela afeta não apenas os seres humanos, mas nossos animais de estimação. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), 45% das fêmeas caninas no Brasil sofrem com o tumores na mama, uma das principais doenças que atingem os cachorros.

O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada das células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem às características próprias de cada tumor.

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A doença se manifesta nos animais assim como nos humanos e tem mais incidência nas fêmeas, por conta da produção de hormônios como estrógeno e progesterona, porém, também pode atingir os cachorros machos, sendo essencial que a prevenção aconteça para ambos os sexos.

Fernanda Melo, médica veterinária, explica que o câncer de mama nos animais é muito parecido com o câncer nos humanos, tanto em termos manifestação quanto de tratamento.

“É muito parecida tanto a manifestação, onde tem a presença do nódulo na mama: podendo ser bem redondo, ser irregular, apresentar ulcerações ou não. A questão do tratamento, que seria a retirada da glândula mamária e a quimioterapia. Então, tudo é muito parecido com o câncer de mama tanto nos animais como nos humanos”, afirma.

Já Luciana Helena, oncologista veterinária, diz que existem algumas diferenças entre humanos e animais, porém as semelhanças acontecem no que diz respeito ao comportamento biológico. "Características morfológicas, riscos de metástases e idade prevalente da paciente, normalmente as maduras (com + 7 anos em cadelas e gatas)", especifica Luciana.

O câncer pode se manifestar de forma benigna ou maligna. Na forma benigna, possui tratamento e recuperação rápida, porém nos casos malignos, o diagnóstico precoce da doença é fundamental para aumentar as chances de cura.

“As poucas diferenças que a gente poderia apontar seria a questão da quantidade de glândulas mamárias, que as cadelas têm mais glândulas mamárias que a mulher”, explica a veterinária Fernanda Melo.

Quando as fêmeas entram no período de cio de forma natural, elas têm uma grande descarga hormonal no organismo, o que também pode levar ao aparecimento do câncer.

Inchaço ou dilatação nas mamas, dor ou incômodo na região com frequência, presença de secreções e caroços nas glândulas mamárias devem receber atenção especial, pois são possíveis sintomas da doença.

Segundo Luciana, a manifestação do câncer de mama pode acontecer através do aparecimento e crescimento de nódulos únicos ou múltiplos em ambas as cadeias mamárias de gatas e cadelas. Daí a importância do exame de palpação frequente dos tutores nas fêmeas.

"Quando os câncer já está instalado, os tratamentos consistem em protocolos internacionais associados de cirurgias mais quimioterapias. A quimioterapia é amplamente utilizada seja na forma sistêmica quanto oral. E o tipo de droga, assim como a técnica cirúrgica adequada, devem ser avaliados pelo oncologista baseando-se no diagnóstico e classificação de cada neoplasia", explica.

Não existem formas de evitar completamente o aparecimento da doença, porém, a castração precoce antes do primeiro cio do animal previne as variações hormonais que influenciam o desenvolvimento destes tumores.

Luciana conta que o principal tratamento é o preventivo, ou seja, a castração. "A indicação é sempre castrar as fêmeas numa idade bem jovem, entre 1 e 2 anos de idade. Dessa forma, já espera-se que elas não sofram ação hormonal na indução de formação de nódulos mamários", explica Luciana.

Fernanda Melo também explicita o método da castração como profilaxia. "A questão da castração, quando feita nos animais, ela influencia diretamente no aparecimento de neoplasias mamárias, porque quando a cadela é castrada cedo a chance de ela chegar a desenvolver um câncer de mama é muito baixa."

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