Dormir mal é tão ruim quanto fumar, diz Associação Americana do Coração

Oito métricas dizem quais comportamentos e fatores de risco são prejudiciais para a saúde, e ajudam a avaliar a saúde do coração e do cérebro; Tabagismo e qualidade sono estão entre elas

19:30 | Jun. 29, 2022

Por: Mirla Nobre
A pesquisa da AHS diz que dormir mal está associado a uma saúde psicológica ruim. Uma melhora da duração do sono, ou a qualidade dele, reduz a incidência de doenças cardiovasculares (foto: Reprodução/Pixabay)

A Associação Americana do Coração (AHA, sigla em inglês) definiu que dormir mal é tão nocivo quanto fumar, em atualização de métricas que dizem quais comportamentos e fatores de risco são prejudiciais para a saúde. As métricas ajudam a avaliar a saúde do coração e do cérebro. A nova atualização, feita nesta quarta-feira, 29, e publicada na revista Circulation, também inclui que dormir bem pode evitar doenças cardiovasculares.

De acordo com a atualização do documento, dormir mal está associado a uma saúde psicológica ruim. Uma melhora da duração do sono, ou a qualidade dele, reduz a incidência de doenças cardiovasculares, como depressão, pressão alta, obesidade e demência. Além de reduzir doenças, dormir bem traz várias melhorias para o corpo como:

  • Fortalecimento do sistema imune;
  • Reparo e cura de células, tecidos e vasos sanguíneos;
  • Melhora da energia e do humor;
  • Aumento da função cerebral; e
  • Menor risco de doenças crônicas

Além de incluir a qualidade de sono, o documento traz outras atualizações. São elas: a exposição ao fumo passivo e ao vapor gerado pelo cigarro eletrônico passaram a ser considerados como fator de risco, não apenas o tabagismo; o colesterol não-HDL (o famoso "colesterol ruim) e a hemoglobina, que deverá ser medida como parte da avaliação do nível de glicose no sangue, também estão inclusos.

Em comunicado, a AHA afirma que as atualizações foram motivadas por novas descobertas na saúde do coração e do cérebro, baseadas em milhares de estudos publicados na última década.

Com a atualização, as métricas receberam o nome de Life’s Essential 8, pois além dos sete fatores originais: tabagismo, alimentação, atividade física, nível de colesterol, glicose no sangue, índice de massa corpórea (IMC) e pressão arterial, passou a incluir o sono, onde é recomendado de 7 a 9 horas de sono diárias para os adultos. As informações são do portal O Globo.