Varíola dos macacos: saiba quais são os sintomas e como se prevenir

Especialistas brasileiros explicam sobre a varíola dos macacos

18:42 | Jun. 23, 2022

Por: Bruna Lira
Saiba como se prevenir e quais são os principais sintomas da varíola dos macacos (foto: Reprodução)

Com casos suspeitos e algumas confirmações da doença no Brasil, os órgãos mundiais de saúde já têm alertado sobre a chamada varíola dos macacos. Sobre o vírus monkeypox, alguns especialistas brasileiros informam sobre os meios de transmissão e como se prevenir da doença.

De acordo com o infectologista do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, doutor Ingvar Ludwin, a transmissão para humanos costuma ocorrer por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou membranas mucosas de animais infectados; contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou, de forma menos importante, no contato com objetos recentemente contaminados.

Além disso, a infecção também pode ser transmitida por relação sexual, diante do maior contato íntimo com eventuais lesões cutâneas infecciosas; por via de gotículas respiratórias, usualmente por contato mais próximo com a pessoa infectada ou por via placentária (da gestante para o bebê).

Ainda segundo o especialista, o período médio de incubação é de seis a 13 dias, podendo variar de cinco a 21. A transmissão a partir de um indivíduos infectado pode ser longa: entre duas e quatro semanas, sobretudo na presença de lesões ativas.

Sintomas da varíola dos macacos

Os principais sintomas da varíola dos macacos são: febre, mialgia (dor ou desconforto nos músculos, fadiga, cefaléia, astenia (diminuição da força física), dor nas costas e linfadenopatia (aumento gânglios, tecidos próprios do sistema imunológico).

Três dias após o início das manifestações, a pessoa apresenta erupção cutânea, que se espalha rapidamente para outras partes do corpo, a partir da lesão inicial. De maneira geral, o prognóstico é bom e o cuidado habitual das lesões é o tratamento para os casos, não havendo terapia específica.

A presidente da Sociedade Cearense de Infectologia, doutora Lisandra Serra, aponta que as principais diferenças entre as varíolas existentes é que, “na varíola de humanos, a pessoa costuma ficar em estado mais grave, com dores abdominais intensas, delírio, e tem uma mortalidade elevada”.

Porém, ela explica que a varíola dos macacos, em geral, é autolimitada e ainda considerada uma doença rara.

“Temos que ficar em alerta, pois a vacinação pode ser necessária, mas em cenários específicos (contactens próximos, profissionais de saúde, etc.) e definidos conforme os indicadores da vigilância epidemiológica”.

Prevenção

Para se prevenir do contágio da varíola dos macacos, alguns cuidados podem ser tomados pela população, sendo eles:

- Evitar contato físico com pessoas doentes;
- Não compartilhar utensílios ou roupas;
- Usar máscara durante contatos próximos.

A presidente pontua ainda que as pessoas doentes podem transmitir o vírus enquanto tiverem sintomas, que podem durar até quatro semanas. Portanto, é preciso estar atento aos sintomas e tomar os devidos cuidados para evitar o contágio.