Covid-19: ministério recomenda dose de reforço para adolescentes
A medida também é válida para adolescentes gestantes e puérperas. Pesquisa da Fiocruz de abril já alertava para a importância de doses de reforço em todas as pessoas
21:51 | Mai. 27, 2022
O Ministério da Saúde ampliou para adolescentes, entre 12 e 17 anos, a recomendação para a dose de reforço da vacina contra Covid-19. A dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente. Se houver indisponibilidade da vacina, a Coronavac pode ser usada.
A recomendação também vale para adolescentes gestantes e puérperas. Tanto o imunizante da Pfizer quanto a Coronavac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária. No caso dos adolescentes imunocomprometidos, apenas a vacina da Pfizer deve ser utilizada.
Estudo
Em abril, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas alertou para a importância da dose de reforço em todas as pessoas. Uma pesquisa conduzida pela fundação mostrou o reestabelecimento da proteção após a aplicação da segunda dose. Durante um ano, pesquisadores acompanharam 1.587 pessoas para observar como reagiam a vacina. O estudo teve como foco pessoas que tomaram a primeira e a segunda dose de CoronaVac e a terceira, ou dose de reforço, da Pfizer.
Após a aplicação dessa dose, o nível de anticorpos presentes no organismo cai. Com a dose de reforço, a proteção é restabelecida. As análises mostraram que a chamada taxa de soropositividade passou de 98%, após 30 e 60 dias da aplicação da vacina, para 69%, no período que compreendeu entre 91 e 180 dias após a vacinação. Com a aplicação do reforço da Pfizer, esses índices foram restabelecidos, chegando a 100% de soropositividade 15 dias após a aplicação.