Chikungunya em Fortaleza: casos em 2022 já somam cinco vezes o acumulado nos últimos quatro anos
Em relação à dengue, a taxa de incidência registra movimento ascendente em 2022. A Secretaria Municipal da Saúde seguirá em alerta para as próximas semanasFortaleza já registra em 2022 quase cinco vezes mais casos confirmados de chikungunya do que a soma dos episódios entre os anos de 2018 e 2021, de acordo com informe semanal divulgado pela gestão municipal, com dados consolidados até o último domingo, 15. O número de amostras positivas neste ano já chega a 1.529, enquanto a soma entre 2018 e 2021 totaliza 306 casos.
A positividade parcial neste ano é de 50,3% e 258 amostras ainda estão aguardando análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen). Foram identificadas três suspeitas de morte por chikungunya em 2022, sendo uma delas já descartada por falta de evidência e duas que seguem em investigação. O número, contudo, ainda é significativamente inferior ao acumulado nas ondas epidêmicas de 2016 e 2017, quando a estatística ficou próxima de 80 mil casos.
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Em relação à dengue, 2.204 casos foram confirmados em Fortaleza neste ano e mais de quatro mil seguem sendo investigados, sendo quatro suspeitas de dengue grave, com evolução para óbito. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a taxa de incidência registra movimento ascendente, mantendo-se no patamar endêmico no município. Isso acontece, conforme a pasta, devido à reintrodução do DENV2, sorotipo predominante a partir de 2020.
A SMS segue em alerta para as próximas semanas, ainda que uma diminuição da incidência tenha sido registrada a partir do fim de abril. "É muito provável que esse recuo esteja associado ao atraso na entrada e investigação de dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)”, aponta a secretaria. Neste ano, foi encontrado o sorotipo DENV1 isolado em bairros como Aldeota, Centro e Padre Andrade. Já o DENV2, mais agressivo, foi detectado nos bairros Jardim Guanabara, Farias Brito, Cais do Porto, entre outros.
Entre os anos 2019 e 2021, a positividade média de amostras coletadas de pacientes com dengue foi de 26,9%. Neste ano, o índice atingiu 10,4%, representando a menor positividade nos quatro anos em análise. No total, 93 dos 121 bairros de Fortaleza já apresentaram amostras positivas. Na primeira quinzena de maio, destacam-se os agregados com alta concentração nos bairros Canindezinho, Parque São José-Vila Manoel Sátiro, Novo Mondubim e Conjunto Ceará I.
Já em relação aos casos de zika, houve somente um episódio confirmado em 2022. De 66 notificações suspeitas, 50 foram descartadas e 15 seguem sob análise. O número segue tendência de redução dos últimos anos e é consideravelmente inferior a 2016 e 2017, quando foram registrados 1.332 e 272 casos da doença, respectivamente.
>> Leia a íntegra do informe semanal
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