Dia Mundial do Lúpus: HGF atende mais de 200 pessoas por mês com a doença

Adesão ao tratamento e hábitos saudáveis são fatores fundamentais para manter a doença controlada

O Hospital Geral de Fortaleza (HGF) divulgou nesta segunda-feira, 9, o balanço referente ao quantitativo de pacientes com lúpus. Segundo a Instituição, por mês, mais de 200 pessoas diagnosticadas com a doença são atendidas no Ambulatório de Lúpus da unidade. O dado foi divulgado em alusão ao Dia Mundial do Lúpus, que é lembrado nesta terça-feira, 10 de maio. A data chama atenção para os impactos da doença e a necessidade em diagnosticá-la e tratá-la precocemente, além de incentivar o aumento de pesquisas sobre suas causas e cura.

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O lúpus é uma doença autoimune que leva o sistema imunológico a atacar os tecidos do próprio corpo, causando danos em diversos órgãos, como a pele, os rins, o coração, os pulmões e até o cérebro. “É como se o nosso sistema imune passasse a não mais tolerar esses componentes que são naturais nossos, produzindo anticorpos para atacar essas estruturas”, explica o chefe do serviço de Reumatologia do HGF, Walber Pinto Vieira.

Os primeiros sinais da doença geralmente surgem com infecções nas articulações e no rosto, produzindo desde manchas avermelhadas até feridas mais profundas. O tratamento para quem tem o diagnóstico depende do grau dos sintomas. “Em casos mais leves, fazemos uso de medicações anti-inflamatórias. Já nos casos mais graves, é preciso fazer uso de imunossupressores, medicações que diminuem a atividade do sistema imunológico”, detalha o médico.

Predisposição genética

Apesar de não ter uma causa definida, estudos apontam para uma predisposição genética. “Acredita-se que a doença se expressa em virtude da interação entre fatores genéticos e ambientais”, diz o reumatologista. Walber Vieira ainda explica que a também não foram encontrados resultados absolutos que confirmem a predisposição por fatores ambientais, como infecções virais e bacterianas.

Com a imunidade baixa, é preciso ter ainda mais cuidado com infecções. “Quando o paciente está em uso desses medicamentos, recomendamos evitar contato com pessoas doentes e indicamos o uso de máscara sempre”, explica.

Convivendo com a doença

O reumatologista do HGF afirma que, quando um paciente realiza o tratamento corretamente, é possível viver bem com o lúpus. “As medicações devem ser tomadas durante o período de maior atividade da doença até a estabilização. Depois disso, é importante continuar mantendo hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada, atividade física regular e sono reparador”, lista Walber Vieira.

Outro fator essencial para manter a doença controlada é evitar a exposição ao sol. “Isso é um dos principais gatilhos para ativar a doença, levando o paciente a ter mais inflamações. Por isso, recomendamos não apenas abusar do protetor solar, mas, realmente, evitar se expor ao sol”, orienta Vieira. Para repor os níveis de vitamina D, que tem forte ligação com o “banho de sol”, pacientes fazem uso de suplementação.

Como conseguir tratamento

Em casos de suspeita da doença, é aconselhado a procura por uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPAs). Se o resultado for positivo para lúpus, a própria unidade de saúde realiza o contato com a Central de Regulação da Saúde do Ceará, que direcionará o paciente para o HGF. 

 

Matéria corrigida a partir de indicação da fonte às 11h10 de 10/05/2022

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