Entenda o que é o linfoma não-Hodgkin; câncer que o ator Caike Luna tratava

Entre os sintomas da doença estão: aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço, axilas e/ou virilha; suor noturno excessivo, coceira na pele e febre

18:26 | Out. 03, 2021

Por: Mirla Nobre
O ator e humorista Caike Luna morreu neste domingo, 3, aos 42 anos. Caike, que era ator do programa Zorra Total, tratava um linfoma não-Hodgkin desde abril deste ano (foto: Reprodução/Instagram)

O ator e humorista Caike Luna morreu neste domingo, 3, aos 42 anos. Caike, que era ator do programa Zorra Total, tratava um linfoma não-Hodgkin desde abril deste ano. Este tipo de linfoma é o mesmo que o ator Reynaldo Gianecchini, a ex-presidente Dilma Rousseff e o ator Edson Celulari trataram. A doença é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada.

Conforme informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse tipo de câncer surge nos gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos. Os linfonodos são estruturas encontradas no pescoço, nas axilas e nas virilhas, formadas basicamente por glóbulos brancos (células de defesa), que combatem as infecções.

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Quando há uma proliferação desordenada dos glóbulos brancos dos linfonodos, podem aparecer os chamados linfomas, cânceres nas células do sistema linfático. Não se sabe exatamente o que causa um linfoma. Estudos indicam que pessoas com o sistema imune comprometido por causa de doenças genéticas, exposição a agentes químicos e altas doses de radiação têm mais chance de ter a doença.

Os principais sintomas da doença são:

  • Aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço, axilas e/ou virilha;
  • Suor noturno excessivo;
  • Febre;
  • Coceira na pele;
  • Perda de peso maior que 10% sem causa aparente.


Segundo o Instituto do Câncer, a detecção precoce da doença é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. Ela pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

Diagnóstico

Para o diagnóstico adequado da doença, são necessários vários tipos de exames. São eles que permitem determinar o tipo exato do linfoma e esclarecer outras características, que são essenciais para o tratamento. Entre os exames para detectar a doença, estão: biópsia, punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

O Inca informa que a estratégia de tratamento vai depender do tipo específico de linfoma, mas a maioria é tratada com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia, ou radioterapia.

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