Saiba mais sobre o câncer de ovário, doença que levou à morte a atriz Eva Wilma

Atriz estava internada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e morreu no último sábado, 15, devido a complicações do câncer de ovário, descoberto apenas uma semana antes

No Brasil, os casos de câncer de ovário ficam atrás dos de câncer de mama e de colo uterino entre os tumores ginecológicos mais comuns, tendo incidência em mais de seis mil mulheres por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Foi esse câncer que levou à morte a atriz Eva Wilma, que estava internada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e morreu no último sábado, 15. 

Assim como a atriz Eva Wilma, 80% dos casos dessa doença são identificados em estado avançado, de acordo com dado da CNN Brasil, divulgados no dia 8 de maio, data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário. A incidência aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos, onde mais da metade dos casos ocorre em mulheres com mais de 65 anos.

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Uma em cada sete pessoas que desenvolvem tumores de ovário é portadora de mutações de predisposição ao câncer, herdadas em famílias com muitos casos de outros tumores, principalmente de mama, ovário, pâncreas e próstata. Identificar essas famílias é um passo fundamental para a prevenção, pois a cirurgia preventiva pode salvar vidas.

No entanto, não há um método comprovadamente eficaz de rastrear o câncer de ovário em pessoas assintomáticas por se tratar de uma doença silenciosa. Em decorrência disso, a maioria dos diagnósticos são feitos tardiamente, o que diminui as chances de recuperação. “Nesses casos, os sintomas de dor pélvica ou aumento do volume abdominal (inchaço da pelve ou do abdome) devem sempre ser avaliados por médicos, pois podem indicar que a doença já se disseminou para outros órgãos da região abdominal”, esclarece Marcus Andret Cavalcante Gifoni, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutor em Oncologia pela Fundação Antônio Prudente (FAP).

 

Tratamento

Os principais fatores ambientais associados são o sobrepeso/obesidade, mulheres que não tiveram filhos ou com histórico de infertilidade, tabagismo, menstruação precoce e menopausa tardia. O tratamento deve ser avaliado seguindo os protocolos de cada caso, mas costuma envolver cirurgia, onde o ovário é retirado para a realização de biópsia que pode confirmar ou descartar o câncer. Após confirmação, o método de tratamento mais comum é a quimioterapia.

Em casos de pacientes muito idosas, como a atriz Eva Wilma, pode não ser possível nenhum tipo de tratamento pela extrema fragilidade do corpo. Esses casos são muito difíceis de serem tratados e têm alta taxa de mortalidade precoce.

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