Hospital de Messejana está há 27 dias sem pacientes nos corredores da emergência
Referência na cardiologia e na pneumologia, unidade recebeu nesta quinta-feira, 17, placa simbólica da Sesa em reconhecimento ao trabalho realizado por meio do projeto LeanO Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes está há cerca de um mês sem macas com pacientes nos corredores da emergência, de acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O resultado vem após meses de intervenção pelo projeto Lean nas Emergências. Pelos avanços alcançados, a unidade recebeu nesta quinta-feira, 17, uma placa simbólica entregue pelo secretário da Saúde, Dr. Cabeto.
Conforme a Sesa, entre fevereiro e dezembro deste ano, houve redução de 88% na superlotação da emergência da unidade. No mesmo período, o tempo desde a entrada do paciente no serviço de emergência até a transferência para a enfermaria ou tratamento intensivo (UTI) diminuiu 300%. Entre os casos sem necessidade de internação, o tempo de permanência na emergência caiu 70%.
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“Todos os setores foram envolvidos no projeto e estão focados em dar uma melhor assistência aos pacientes. Somente através desse envolvimento foi possível alcançar bons resultados. Estamos há 27 dias sem pacientes nos corredores, o que alguns meses atrás era considerado uma tarefa quase impossível de ser concretizada”, ressalta o diretor médico do Hospital, Carlos Augusto Lima Gomes.
Realizado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, o projeto faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. No Ceará, além do Hospital de Messejana, participam o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), Hospital Geral de Fortaleza (HGF), o Hospital Regional do Cariri (HRC) e o Instituto Dr. José Frota (IJF).
Pensamento enxuto
A metodologia Lean (do inglês, enxuto) surgiu como uma forma de otimização industrial e hoje é aplicada a diversos setores. Busca reduzir o desperdício de recursos, a melhoria da qualidade e a maximização do valor entregue. Nas unidades de saúde, esse processo implica diversas ações que vão desde melhor integração entre as equipes até melhora dos fluxos dentro do hospital e corte de procedimentos desnecessários.
No projeto do Ministério da Saúde, uma dupla de profissionais do Hospital Sírio-Libanês (um médico e um especialista de processos) realiza visitas aos hospitais selecionados para capacitar as equipes, identificar oportunidades e implementar ações de melhoria. A intervenção dura entre 4 e 6 meses e, após o término desse período, uma equipe de companha os resultados por mais 12 meses para garantir a manutenção a longo prazo. A iniciativa teve início em 2017 e idealizou que, até o fim de 2020, 100 serviços de urgência sejam reestruturados, com 450 profissionais capacitados e 180 protocolos clínicos implantados.
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