Saiba mais sobre o câncer que afeta o marido de Ana Hickmann

Alexandre Correa, de 54 anos, foi diagnosticado com um tumor já em metástase na região do pescoço. Veja o que é esse câncer, como tratar e como prevenir

 

Na última terça-feira, Alexandre Correa, marido da apresentadora Ana Hickmann, revelou aos seus seguidores no Instagram que está com câncer no pescoço. O empresário já está em tratamento, passando por sessões de radioterapia e quimioterapia em São Paulo.

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"No dia 17 de outubro, fui submetido a uma cirurgia para tirar um linfonodo. O linfonodo, de fato, era um tumor em metástase. O tumor estava entre embaixo do maxilar e a base do crânio, bem grande, já em estado de metástase. Ele foi retirado inteiro, com sucesso, e foi diagnosticado, então, câncer", explicou Alexandre.

O diagnóstico do empresário trouxe à tona a discussão sobre o que é esse tipo de câncer, considerado uma doença bastante comum entre as pessoas.

Dentre os cânceres mais comuns de cabeça e pescoço no Brasil está o câncer da cavidade oral (boca), e pode ocorrer nos lábios, na gengiva, nas bochechas, no céu da boca, língua e assoalho da boca (região abaixo da língua), segundo dados do Ministério da Saúde.

O cirurgião de cabeça e pescoço, Francisco de Assis Castro, conta que os principais sinais que podem indicar a presença do câncer são feridas nos lábios e na boca que não cicatrizam por mais de 14 dias, manchas ou placas vermelhas/esbranquiçadas na boca, sangramentos sem causa conhecida em qualquer região da boca. No entanto, segundo o médico, é preciso procurar um especialista para confirmar ou descartar a doença.

Alguns fatores como alcoolismo e tabagismo podem aumentar em até 65% a chance de desenvolvimento do câncer. Se os dois hábitos estiverem juntos, o risco aumenta ainda mais. O Papiloma Vírus Humano (HPV), quando transmitido por sexo oral, também pode estar associado a cânceres desse tipo. Ainda assim, Francisco reforça que, atualmente, qualquer pessoa pode estar vulnerável a esse câncer. "Já foi um câncer muito ligado ao cigarro e álcool e atingia muitos idosos. Mas é uma doença que qualquer pessoa pode pegar", afirma o cirurgião, que atende também pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Autoexame

 

Segundo Francisco, o diagnóstico precoce da doença aumenta chances de cura e a partir dos 30 anos de idade, é importante que o indivíduo faça um autoexame. "O autoexame pode identificar a presença de algum nódulo. Depois é procurar um médico", conta. O autoexame, nesse caso, funciona como no caso do câncer de mama, onde o toque ajuda a identificar qualquer alteração. A ideia é mesmo ficar de frente ao espelho e apalpar regiões da cabeça e pescoço observando qualquer presença estranha.

Assim como em outros tipos de câncer, a prevenção e a detecção precoce são fundamentais para obter um resultado eficiente no controle da doença. Mesmo com tratamento acessível e de qualidade, é melhor desenvolver hábitos que ajudem a evitar o problema. Como fatores de risco já são conhecidos por médicos e especialistas, o desafio atual é modificar o comportamento humano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a prevenção pode ajudar a reduzir a incidência de câncer em até 25% até 2025. Segundo Instituo do Câncer (Inca), hábitos saudáveis são o segredo. Abstenção de fumo e bebidas alcoólicas, dieta rica em alimentos saudáveis, boa higiene oral, e outras atitudes como estas, diminuem as chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores de cabeça e pescoço.

O tratamento para esse tipo de câncer varia desde medicações até cirurgias, afirma o oncologista Francisco de Assis Castro. Aqui no Ceará, o tratamento pode ser feito de forma gratuita no ICC (Instituto do Câncer do Ceará), Crio (Centro Regional Integrado de Oncologia), HGF (Hospital Geral De Fortaleza) e Hospital das Clínicas. "A cirurgia de cabeça e pescoço é considerada diferenciada, porque mexe com estruturas específicas. Esse câncer tem cura, mas o grande diferencial da cura é o diagnóstico precoce. Diagnóstico em estágio 1 e 2 da doença aumenta em até 90% a chance de cura", conclui o cirurgião.

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