Pesquisadores da Uece desenvolvem sistema que classifica doenças cardíacas e prediz sepse

Projeto que utiliza inteligência artificial tem parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). O objetivo é que seja comercializado em todo o mundo. Mas, para isso, precisa de investimento federal

O Departamento de Ciência da Computação da Universidade Estadual do Ceará (Uece) desenvolveu, em parceira com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o projeto E-HEALTH_SYS. É um sistema para classificação de doenças cardíacas e predição de sepse. Com um ambiente seguro de computação em nuvem e usando inteligência artificial, a meta é que o protótipo seja comercializado para hospitais de todo o mundo.

O E-HEALTH_SYS é um sistema que, de forma leve, robusta e otimizada, poderá ser utilizado em hospitais, clínicas e enfermarias em todo o mundo. O objetivo é que os profissionais acompanhem dados sobre sinais vitais e eletrocardiograma dos pacientes em tempo real. Neste estágio, dois grupos de patologias foram abordados: as doenças cardiovasculares e a sepse, uma doença sanguínea que causa infecção generalizada. As informações são processadas e enviadas para um central de monitorização, onde os parâmetros são colhidos pelos sensores.

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Atualmente, são registrados quase 20 milhões de casos por ano de doenças cardíacas vasculares, sendo essa a maior causa de mortes no mundo. A sepse é também uma das maiores causas de mortes em UTIs e enfermarias principalmente porque a verificação dos sinais vitais é feita, no mínimo, a cada duas horas.

O coordenador do projeto Joaquim Celestino afirma que “essa ferramenta vem para tentar fazer com que consigamos salvar o maior número de vidas possível”. Segundo ele, esse tempo é de extrema importância principalmente para crianças internadas.

Com o desenvolvimento do projeto, será oferecida uma ferramenta que permite o acompanhamento de pacientes, fornecendo diagnóstico e previsão de doenças de forma imediata. Os profissionais de saúde serão informados através de seus computadores ou smartphones de problemas que requeiram sua intervenção.

O docente explica o funcionamento do E-HEALTH_SYS: “Baseamo-nos principalmente na inteligência artificial, usando máquinas de aprendizagem, e na computação em nuvem devido a quantidade de dados que são acumulados, considerando a realização de testes em tempo real. São também utilizadas outras ferramentas, não menos importantes, como a matemática, principalmente na análise de séries temporais”, esclarece.

O professor disse que a próxima fase de testes consistirá não só na criação do aplicativo, como também na construção de um banco de dados brasileiros. “Utilizamos uma base americana, produzida pelo Instituto de tecnologia de Massachusetts (MIT). É um ótimo sistema, mas suscetível a falhas. Precisamos criar uma base nossa, de acordo com a nossa realidade,” ressalta.

O sistema foi testado na universidade, em parceria com o Departamento de Medicina, e tem como próximo passo a realização de testes em hospitais de grande porte. Em Fortaleza, manifestaram interesse o Hospital Walter Cantídio, da UFC, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), o Hospital São Camilo e o Hospital do Coração. A Universidade Federal Fluminense também é parceira do projeto, disponibilizando o Hospital Antônio Pedro para as primeiras aferições.

A equipe responsável conta também com os pesquisadores da Uece Samuel Façanha, Rafael Lopes e Diego Braga. Eles estão buscando investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ainda segundo o professor Celestino, o investimento é pequeno, em comparação a outros projetos que envolvem inteligência artificial, mas necessário para seguir com a pesquisa.

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