Covid-19: 4 estados brasileiros tem nota máxima em transparência
16:28 | Set. 01, 2020
Lançado em maio deste ano, o Ranking de Transparência no Combate à covid-19 registrou 4 estados com nota máxima em relação às informações sobre os protocolos contra o novo coronavírus. A informação foi divulgada hoje (1º) pela organização não governamental Transparência Internacional, e é o quarto relatório sobre o assunto desde o início da pandemia.
Alagoas, Ceará, Espírito Santo e Rondônia conseguiram marcar a nota máxima em transparência nacional - 100 pontos. Segundo o levantamento, programas de estímulo econômico, doações recebidas e medidas de proteção social são critérios usados para elaborar a lista, além da facilidade em achar dados e informações sobre as medidas tomadas por administradores públicos.
O levantamento mostra que a avaliação das administrações públicas estaduais e municipais é, em média, “boa” ou “ótima”.
Veja o ranking dos estados:
Estado Pontuação Avaliação Alagoas 100 pts ótimo Ceará 100 pts ótimo Espírito Santo 100 pts ótimo Rondônia 100 pts ótimo Amapá 99 pts ótimo Mato Grosso do Sul 99 pts ótimo Tocantins 98 pts ótimo Distrito Federal 97 pts ótimo Minas Gerais 96 pts ótimo Rio Grande do Sul 96 pts ótimo Pernambuco 95 pts ótimo Maranhão 91 pts ótimo Paraná 89 pts ótimo Goiás 88 pts ótimo Amazonas 87 pts ótimo Bahia 87 pts ótimo Mato Grosso 85 pts ótimo São Paulo 82 pts ótimo Paraíba 80 pts ótimo Rio Grande do Norte 80 pts ótimo Pará 72 pts bom Roraima 71 pts bom Santa Catarina 68 pts bom Sergipe 66 pts bom Rio de Janeiro 61 pts bom Piauí 49 pts regular Acre 38 pts ruimDois estados - Piauí e Acre - não foram classificados como “bons” ou “ótimos”. Piauí, com 49 pontos, foi classificado como “regular”. Acre, que está no final da lista, registrou 38 pontos, e tem o índice de transparência classificado como “ruim”. A organização informa que, além das métricas e parâmetros que normalmente são utilizados para o estudo, uma mudança metodológica foi implementada nesta edição. A comparação com edições anteriores é, portanto, inválida.
Na classificação das cidades, o ranking mostra que nenhuma capital alcançou nota máxima. Goiânia, João Pessoa, Macapá e Vitória ficaram empatadas na primeira colocação, todas com 99 pontos. Teresina (PI), com 56 pontos, São Luís (MA), com 52 pontos, Aracaju (SE) com 51 pontos e Maceió, também com 51 pontos, estão no final da lista. Todas constam como “regulares”. Nenhuma cidade foi classificada como “ruim”.
Veja o ranking das cidades:
Capital: Pontuação Avaliação Goiânia 99 pts ótimo João Pessoa 99 pts ótimo Macapá 99 pts ótimo Vitória 99 pts ótimo Porto Velho 98 pts ótimo Rio Branco 98 pts ótimo Manaus 97 pts ótimo Palmas 97 pts ótimo Fortaleza 96 pts ótimo Boa Vista 95 pts ótimo Campo Grande 94 pts ótimo Porto Alegre 94 pts ótimo Belo Horizonte 93 pts ótimo São Paulo 92 pts ótimo Florianópolis 89 pts ótimo Recife 86 pts ótimo Natal 85 pts ótimo Salvador 84 pts ótimo Curitiba 83 pts ótimo Belém 78 pts bom Cuiabá 73 pts bom Rio de Janeiro 69 pts bom Teresina 56 pts regular São Luís 52 pts regular Aracaju 51 pts regular Maceió 51 pts regular"As novas fases de enfrentamento à pandemia exigirão contínua atenção do poder público para garantir a transparência de suas ações, agora em outras frentes. As cidades, em particular, devem redobrar seus esforços”, afirma Guilherme France, coordenador do ranking, em nota.
O ranking avaliou o desempenho geral do governo como “bom”, com 71 pontos. Segundo o boletim, ainda não há divulgação ampla e fácil de dados de contratos, notas de empenho e documentos que permitam o monitoramento das ações.
Metodologia e robôsO boletim informa que nesta 4º edição, as metodologias utilizadas foram mais rigorosas e trouxeram mais pontos de avaliação. Entretanto, a média geral permaneceu no mesmo patamar, tendo variado em apenas um ponto - 84 pontos nesta edição contra 85 pontos na edição passada.
O estudo revela ainda que um dos critérios essenciais para formulação do ranking é a possibilidade dos dados estarem disponíveis para a leitura por “robôs” - programas criados para extração massiva de dados que ficam disponíveis abertamente em portais de informação pública. A avaliação também contabiliza o esforço do governo em criar canais para escutar a sociedade sobre as ações em relação à pandemia do novo coronavírus.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o ranking.