Casos de dengue em Fortaleza em 2020 é quase três vezes maior
Estado registrou ainda 28 casos de chikungunya e dois de zika vírus. Nenhum resultou em óbito. Em Fortaleza, o número de casos de dengue já é quase três vezes superior ao registrado em mesmo período de 2019
13:49 | Mar. 10, 2020
Somente no primeiro bimestre do ano, 365 cearenses foram diagnosticados com dengue. O número corresponde a pouco mais que seis casos por dia. No período, também foram confirmados 28 casos de chikungunya e dois de zika vírus, um na Capital e outro em Paraipaba. Nenhum dos casos das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti no Estado resultou em óbito. Os dados, divulgados em planilha de atualização semanal das doenças de notificação compulsória, são do Controle da Vigilância Epidemiológica do Estado.
A maioria das confirmações de dengue foi registrada em Fortaleza, que contabilizou 150 pacientes até a nona semana epidemiológica deste ano (que se encerrou em 29 de fevereiro). No mesmo período de 2019, a Capital teve quase um terço das confirmações da doença, quando informe semanal da Coordenadoria de Vigilância em Saúde divulgou terem sido contabilizados 58 casos.
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Em 2020, o Ceará é um dos 11 estados alertados pelo Ministério da Saúde para possibilidade de surto da dengue a partir deste mês. A preocupação, além do aumento do volume de chuvas e do calor, é a possível dispersão do tipo 2 da doença, que circula no Sudeste e no Centro-Oeste desde o fim de 2018. No Ceará, o sorotipo não circula há mais de dez anos, o que resulta em uma população pouco imunizada para ele.
No Estado, a Sesa deu início à campanha "10 minutos contra o mosquito". Em Fortaleza, a Prefeitura realiza desde outubro a Operação Inverno 2020, com ações paliativas e de educação em saúde. Dentre elas, mutirões regionais em 25 bairros apontados como cenário propício ao maior número de casos; fiscalização de pontos estratégicos; recolhimento de pneus; e parcerias com escolas públicas da rede municipal.
Em 2019, até 28 de dezembro, o Ceará teve 15.110 casos de dengue confirmados. Destes, 17 graves e 13 óbitos. No mesmo período, foram 1.060 de chikungunya. Quanto ao zika vírus, foram 23, sendo três em gestantes. Nenhum caso de síndrome congênita do zika vírus confirmado no ano passado.