Como saber se seu filho é uma criança superdotada?

Apenas 2,5% da população faz parte deste grupo

Aos nove anos, o jovem Laurent Simons se formou em Engenharia Elétrica pela Universidade de Eindhoven, na Holanda. Tudo na vida dele foi apressada. Concluiu o curso em nove meses, em vez de três anos, além de ter feito o ensino fundamental e médio em 4 anos. Com um quociente de inteligência (QI) de 145 pontos, ele ficou acima da média normal que seria entre 85 a 115 pontos. Seguindo a mesma trajetória, aos dois anos a pequena Ophelia já sabia recitar o alfabeto. Hoje, aos três, ela marca um QI de 171 pontos.  Ambos tem uma coisa em comum: são crianças superdotadas.

Embora apenas 2,5% da população faça parte deste grupo, eles podem se tornar grandes pioneiros, afirma a terapeuta familiar e especialista em superdotação, Evelyn Stam. Ela ressalta que eles precisam crescer emocionalmente saudáveis e identifica-los é o primeiro passo. Para isso, é preciso ir além dos esteriótipos. "A maioria das pessoas ainda está presa à memória daquelas crianças espertinhas que aparecem em programas de entrevistas nomeando 50 países ou falando cinco idiomas", pontua.

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Segundo ela, crianças superdotadas menores de 5 anos tem o desenvolvimento avançado e buscam soluções alternativas para problemas, além de demonstrar interesse de cunho mais abrangente como situações globais. Eles aprendem mais rápido e podem falar, ler, escrever, fazer contas ou desenhar mais cedo que outras crianças.

A sensibilidade alta também é uma forma de avaliação, pois barulhos, luzes, informações, cheiros, sabores e texturas chegam aos sentidos com muito mais força nesse grupo."Se você tem um aluno ou filho superdotado é legal saber que se recusar a usar um determinado tipo de tecido ou correr, quando tem muito barulho em volta, não é birra e nem falta de educação", afirma Evelyn Stam.

Essa recepção dos pais e professores é parte importante do desenvolvimento dessas crianças. Lidar com elas pede paciência e dedicação, porque nem todos os aspectos da superdoatação são positivos e fáceis de conviver, explica a especialista. A autocobrança e perfeccionismo são traços comuns e que, se não bem acompanhadas por profissionais, podem gerar depressão e desistência. "Elas também tem um grande senso de justiça, sofrem com a desigualdade", acrescenta ela.

Por serem pequenos, é preciso lembrar também que, mesmo parecendo super avançadas, eles ainda são crianças. É com esse pensamento que os pais podem ajudar no crescimento de seus filhos superdotados. "Elas precisam de você para entender que o pensamento das outras pessoas não funciona na mesma velocidade que o delas. Precisam de você para aprender a ser tolerantes e não se tornarem arrogantes", aponta. A doação de uma rotina de estudos, amor e apoio são passos para o desenvolvimento. "Um adulto que elogia essa criança pelo que ela é e não pelo que ela faz é crucial na vida dela”, conclui Evelyn.

 

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