Nutricionista explica os riscos de consumir café em excesso e depois das refeições
O ideal, segundo a nutricionista Thais Lima, é que sejam consumidas entre três e cinco xícaras de café por dia, uma média de 400 mg para indivíduos saudáveis
13:44 | Jan. 07, 2020
Além do consumo exagerado de cafeína causar sintomas negativos, como dor de cabeça, insônia e palpitações, aquele cafezinho após o almoço, aparentemente inofensivo, pode prejudicar a absorção do ferro presente nos vegetais, tornando possível o desenvolvimento de anemia. De acordo com a nutricionista Thais Lima, o consumo de uma xícara de café após a refeição é capaz de reduzir em 40% a absorção do mineral, tornando-o menos disponível para absorção do intestino.
Segundo a nutricionista, os principais sintomas do consumo de café em excesso são: insônia, dores de cabeça, palpitações, náuseas, e problemas gastrointestinais, como refluxo e azia, para pessoas que já possuem essa tendência. O ideal, segundo Thais, é que sejam consumidas entre três e cinco xícaras de café por dia, uma média de 400 mg para indivíduos saudáveis. Já quem tem gastrite ou refluxo gastroesofágico deve evitar o consumo da bebida.
Em caso de gastrite leve, o conselho é nunca tomar a bebida de barriga vazia e jamais abusar. Conforme a nutricionista, pessoas sensíveis à cafeína também devem ter cuidado especial, pois o consumo excessivo pode causar ansiedade e até crises de pânico. Além disso, existem pessoas que podem sentir tontura e taquicardia. “Os efeitos podem variar de indivíduo para indivíduo e, quando se trata de identificar impactos negativos, a melhor solução é observar o próprio corpo”, acrescenta Thais.
Apesar dos riscos, o café tem seus benefícios, desde que seja ingerido de maneira responsável. Segundo Thais, o efeito estimulante da bebida melhora o estado de alerta, a energia, a capacidade de concentração, e ainda contribui para a redução da sonolência e do cansaço. “Alguns estudos relacionam o consumo do café com o aumento da termogênese e oxidação lipídica, especialmente se associado a exercícios físicos. Porém, esse efeito é mais pronunciado em indivíduos não obesos do que obesos”.