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Universitária sofre trombose venosa no cérebro por causa de anticoncepcional

Juliana Pinatti contou o seu caso no Facebook por ficar surpresa que as pílulas anticoncepcionais podem causar a doença. A publicação repercutiu nas mídias sociais
20:00 | Ago. 03, 2016
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Tipo Notícia
Uma universitária da cidade Botucatu, interior de São Paulo, sofreu uma trombose cerebral causada por um anticoncepcional e relatou o caso em seu perfil no Facebook. A postagem, publicada nesta terça-feira, 2, recebeu 98 mil curtidas e mais de 95 mil comentários. Juliana Pinatti contou que sentiu dores de cabeça e dificuldade de realizar atividade simples do dia a dia, como escovar os dentes. Devido aos sintomas, foi submetida a uma ressonância magnética, quando diagnosticou a trombose venosa cerebral. 
 
''Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema’’, contou. Juliana tomava o anticoncepcional YAZ e não sabia da possibilidade que o remédio poderia causar um tipo de trombose. Além disso, ressaltou a ausência de informação por parte dos médicos sobre o efeito colateral.  
 
 
A universitária passou três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 12 internada em hospital. Após esse período, Juliana escutou casos de outras mulheres que passaram pelo mesmo problema. ''Parece que virei um imã de histórias de trombose, ouvi incontáveis casos como: a amiga que teve trombose na perna ou no braço, a outra amiga também com trombose venosa cerebral que teve que realizar cirurgia’’, afirmou. 
 
Em entrevista ao O POVO Online, a ginecologista Zenilda Bruno explicou que todos os anticoncepcionais podem causar trombose. O motivo deve-se ao fato das plaquetas, responsáveis pelo reparo dos tecidos por meio da coagulação sanguínea, ficam mais aderentes, causando a obstrução do fluxo de sangue. “Qualquer um pode levar a trombose”, afirmou. 
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Entretanto, as mulheres grávidas têm maiores chances de sofrer uma trombose do que as que tomam o método contraceptivos.“É interessante lembrar que a gravidez é 30 vezes mais trombogênica do que qualquer anticoncepcional”, apontou. Zenilda também explica que há dois tipos de trombose: a venosa e a arterial. Segundo ela, o primeiro é mais comum, pois o sangue circula com menos pressão na veia do que nas artérias.
 
A empresa responsável pela fabricação do medicamento, Bayer, esclareceu ao O POVO Online que os riscos são pequenos e que possuem um comprometimento com pacientes e profissionais na garantia dos seus produtos. ''Os benefícios dos contraceptivos hormonais combinados na prevenção da gravidez não planejada continuam a superar os riscos e que a possibilidade de tromboembolismo venososo, associada ao uso de contraceptivos hormonais combinados, é pequena", afirmou por meio de notas.
 
Sintomas e cuidados 
Segundo a ginecologista, a doença pode causar dormência nas pernas ou deixá-las avermelhadas ou inchadas. No caso das tromboses cerebral, os sintomas são mais graves. “A cerebral é muito mais grave, pois acontece de forma mais aguda. Os sintomas pode ser uma convulsão, um lado do rosto pode ficar paralisado por conta do bloqueio do fluxo sanguíneo”, alertou. Nesses casos são recomendados medicamentos que possam “afinar” o sangue para reverter o quadro.
 
Para diminuir as chances de desenvolver a doença, as mulheres que tomam diariamente a pílula devem realizar exercícios físicos com frequência e não recomendável fumar. Além disso, quem já possuiu uma trombose ou possui histórico familiar deve evitar de tomar o anticoncepcional. As mulheres com Lupus ou hipertensão também precisam adotar a mesma orientação.
 
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