Estudo mostra que um em cada 3 adultos está acima do peso no mundo
Na América Latina, 58% da população está obesa ou acima do peso. O mesmo acontece na Europa, Norte da África e Oriente Médio.
12:49 | Jan. 03, 2014
Mais de um em cada três adultos no mundo é obeso ou está acima do peso, ou seja 1,46 bilhões de pessoas, indicou nesta sexta-feira, 3, um estudo britânico que observa uma explosão do fenômeno nos países em desenvolvimento e apela aos governos para que ajam em relação a este problema.
O círculo de reflexão britânico The Overseas Development Institute, ressalta, em um comunicado, que em nível global o percentual de pessoas com um índice de massa corporal (IMC) superior a 25, limite além do qual as pessoas são consideradas acima do peso, aumentou de 23% para 34% entre 1980 e 2008.
No Reino Unido, 64% dos adultos são obesos ou estão acima do peso. Globalmente, 58% dos europeus estão na mesma situação, assim como na América Latina, Norte da África e Oriente Médio. A América do Norte, com os Estados Unidos na liderança, conta com 70% dos adultos afetados.
No IMC, que é a relação entre a altura e o peso, um índice partir de 30 é considerado como um sinal de obesidade. Nos países em desenvolvimento, o número de pessoas acima o peso e obesas quase quadruplicou entre 1980 e 2008, de 250 para 904 milhões de pessoas.
"Vamos assistir a um forte aumento global do número de pessoas com cer tos tipos de câncer, diabetes, acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco, o que representará um enorme fardo para os sistemas de saúde públicos", alertou um dos coautores do estudo, Steve Wiggins.
"Os políticos devem ser menos tímidos em suas tentativas de influenciar o tipo de alimento que acaba em nossos pratos. O desafio é garantir que uma dieta saudável seja viável, reduzindo a atratividade de alimentos com menor valor nutritivo", considera.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza que o sobrepeso e a obesidade são o quinta principal fator de risco para mortes a nível mundial e, pelo menos, 2,8 milhões de adultos morrem a cada ano.
AFP