Ceará será o estado com maior número de governados pela esquerda no País em 2025

Levantamento mostra quantos eleitores serão governados pela direita, centro ou esquerda no país; direita sobe e esquerda desce em números

15:55 | Out. 31, 2024

Por: Rogeslane Nunes
Após as eleições municipais de 2024, Ceará será o estado com maior número de governados pela esquerda (foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

O Ceará será o estado com maior número de governados pela esquerda no país com o início dos mandatos em 2025. Após o pleito eleitoral deste ano, o Estado terá 65% do eleitorado governado por legendas da esquerda, conforme dados divulgados pela Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados.

Nas cidades cearenses, os partidos considerados de centro ficam com a segunda maior população, o que representa 19% do eleitorado. Já as siglas de direita irão governar o equivalente a 16%.

A proporção de prefeituras é similar. Do total de cidades, 64% dos municípios do Ceará têm prefeitos eleitos da esquerda. Partidos do centro conquistaram 22% das prefeituras, já siglas de direita terão um quantitativo de 14%.

No ranking de eleitores que serão governados por siglas da esquerda, o Ceará ocupa a primeira posição, seguido de Pernambuco e Espírito Santo. Mato Grosso, Goiás e Tocantins lideram entre os estados que serão governados pela direita. Quanto a governos de centro, Pará lidera, seguido por Amapá e Roraima.

Veja distribuição de quantos eleitores serão governados pela direita, centro e esquerda:

52% do eleitorado do País será governado por partidos de centro

No cenário nacional, 81 milhões de eleitores serão governados por prefeitos que integram partidos de centro, o equivalente a 52% do eleitorado. Esse percentual, 52%, é o mesmo obtido no pleito de 2020, quando 76 milhões passaram a ser governados por legendas que seguem essa ideologia.

Os números mostram manutenção do centro como líder, lembrando que a porcentagem é a mesma, mas representa um número maior devido ao crescimento populacional.

Desde o último pleito, em 2020, a esquerda caiu e a direita subiu em números de prefeituras. Após as eleições de 2024, 17,8 milhões de eleitores passarão a ser governados pela esquerda, um total de 12%. No pleito eleitoral anterior, o quantitativo era de 15%, o equivalente a 21,6 milhões de eleitores.

Quanto às siglas de direita, 55,67 milhões de eleitores brasileiros estão em municípios que serão administrados por siglas que integram essa ideologia, o equivalente a 36% do eleitorado. Em 2020, o quantitativo era de 34%, que representava 49,36 milhões de votantes.

Os dados integram o levantamento realizado pela Nexus, da FSB Holding, baseado em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na pesquisa, são classificados como partidos de esquerda as siglas PT, Psol, PSB, PDT, PCdoB, Rede, PSTU, UP, PCB e PV.

As legendas de centro são PSD, MDB, PP, Solidariedade, Avante, Mobiliza, PODE, PMB e AGIR. Já os partidos de direita são PL, Republicanos, Novo, Cidadania, PSDB, União, DC, PRD e PRTB.

Partidos que conquistaram os maiores números de governados

O MDB lidera o número de eleitores governados com 27.753.048 milhões, seguido pelo PSD (27.618.473 milhões) e, depois, pelo PL (19.015.822 milhões). Considerando todos os partidos e comparando o pleito de 2020 com o de 2024, o MDB aumentou em 68% o número de eleitores governados. O PSB subiu em 62%. O PL aumentou em 340% o número de eleitores governados pelo partido, saindo de 6.497.884 milhões de eleitores nas eleições anteriores, para 19.015.822 no pleito deste ano.

Lista com a distribuição percentual dos eleitores governados pela direita, centro e esquerda nos estados brasileiros:

Esquerda

  • Acre - 2%
  • Alagoas - 1%
  • Amapá - 0%
  • Amazonas - 3%
  • Bahia - 18%
  • Ceará - 65%
  • Espírito Santo - 25%
  • Goiás - 3%
  • Maranhão - 18%
  • Mato Grosso - 6%
  • Mato Grosso do Sul - 3%
  • Minas Gerais - 12%
  • Pará - 7%
  • Paraíba - 23%
  • Paraná - 3%
  • Pernambuco - 32%
  • Piauí - 18%
  • Rio de Janeiro - 5%
  • Rio Grande do Norte - 4%
  • Rio Grande do Sul - 13%
  • Rondônia - 0%
  • Roraima - 2%
  • Santa Catarina - 0%
  • São Paulo - 2%
  • Sergipe - 7%
  • Tocantins - 5%

Centro

  • Acre - 45%
  • Alagoas - 70%
  • Amapá - 79%
  • Amazonas - 70%
  • Bahia - 43%
  • Ceará -19%
  • Espírito Santo - 52%
  • Goiás - 32%
  • Maranhão - 49%
  • Mato Grosso - 7%
  • Mato Grosso do Sul - 50%
  • Minas Gerais - 49%
  • Pará - 81%
  • Paraíba - 40%
  • Paraná - 68%
  • Pernambuco - 28%
  • Piauí - 59%
  • Rio de Janeiro - 65%
  • Rio Grande do Norte - 43%
  • Rio Grande do Sul - 51%
  • Rondônia - 55%
  • Roraima - 17%
  • Santa Catarina - 49%
  • São Paulo - 62%
  • Sergipe - 34%
  • Tocantins - 33%

Direita

  • Acre - 54%
  • Alagoas - 29%
  • Amapá - 21%
  • Amazonas - 27%
  • Bahia - 39%
  • Ceará - 16%
  • Espírito Santo - 24%
  • Goiás - 66%
  • Maranhão - 33%
  • Mato Grosso - 87%
  • Mato Grosso do Sul - 47%
  • Minas Gerais - 38%
  • Pará - 12%
  • Paraíba - 37%
  • Paraná - 29%
  • Pernambuco - 40%
  • Piauí - 24%
  • Rio de Janeiro - 29%
  • Rio Grande do Norte - 53%
  • Rio Grande do Sul - 36%
  • Rondônia - 45%
  • Roraima - 20%
  • Santa Catarina - 50%
  • São Paulo - 35%
  • Sergipe - 58%
  • Tocantins - 62%