Com André e Evandro frente a frente, último debate é marcado por ataques e clima tenso

Candidatos discutiram propostas sobre emprego e renda, moradia, segurança pública e saúde. Fala de Inspetor Alberto e caso de Ronivaldo Maia também foram mencionados

O último debate do segundo turno das eleições de Fortaleza, realizado na noite desta sexta-feira, 25, pelo Sistema Verdes Mares, foi marcado por críticas trocadas entre André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT), com menções aos cabos eleitorais e aos recentes ataques recebidos pelos dois na reta final da campanha. Com a possibilidade de andar livremente pelo estúdio, os candidatos chegaram a ficar frente a frente, perto um do outro, e o embate foi marcado por clima tenso.

Em meio à troca de críticas, o primeiro bloco do debate foi, majoritariamente, marcado pela discussão sobre a pauta das mulheres, eleitorado importante para ambos em meio a um cenário de empate técnico, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. 

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Evandro questionou André sobre propostas para as mulheres e relembrou vídeo em que o adversário aparece minimizando o problema do feminicídio no país. Pelas redes sociais, na última quinta-feira, 24, o deputado federal afirmou que o vídeo teria sido retirado de contexto.

Ainda no primeiro bloco do debate, Leitão chamou Fernandes de “01 do Bolsonaro” - expressão repetida ao longo de todo o encontro -, “lobo em pele de cordeiro” e “rei das fake news”.

Evandro também aproveitou o tempo para destacar a declaração em tom de ameaça feita pelo vereador eleito Inspetor Alberto (PL), que apareceu em vídeo pedindo para o petista “preparar o caixão”. Em resposta, André disse que o candidato estaria tentando “imputar a ele” algo feito por um apoiador e mencionou o caso de Ronivaldo Maia (PSD), vereador que apoia a candidatura de Leitão e, em 2022, foi expulso do PT após atropelar uma mulher com quem se relacionava. Evandro rebateu e reafirmou que “não tem compromisso com coisa errada”.

O petista também ressaltou a doação de R$ 17 milhões feita pelo PL à candidatura André e disse que o deputado federal “mente por dizer que faz campanha apenas com uma caixa de som”. Fernandes apontou o valor arrecadado pela campanha do petista e afirmou que a receita seria de R$ 22 milhões.

De acordo com dados da plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a arrecadação de Evandro é de R$ 19.186.029,33, enquanto a de André totaliza R$ 18.257.444,44, conforme a última atualização na noite desta sexta. 

Dois blocos do debate foram reservados para perguntas sobre temas específicos. Sobre saúde, Evandro afirmou que planeja, entre outras ações, a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e a contratação de profissionais da área.

O petista chegou a relembrar a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a atitude de Fernandes durante a pandemia. Leitão afirmou que, na época, o deputado federal teria “negado a ciência” e citou a possível atuação da deputada federal em exercício Mayra Pinheiro (PL) como secretária do Ministério da Saúde, caso André seja eleito.

Na área da segurança, o candidato do PL citou propostas voltadas à Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) e questionou novamente Evandro sobre o caso da CPI do Narcotráfico, tema levantado pelos postulantes durante grande parte da eleição na Capital.

Ao longo do debate, críticas aos aliados políticos também foram feitas de ambos os lados. Leitão afirmou que o adversário estaria “escondendo” Jair Bolsonaro da campanha, enquanto Fernandes criticou o apoio do presidente Lula, do ministro Camilo Santana e do governador Elmano de Freitas ao petista.

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