Jade critica uso das torcidas na eleição: "Futebol não é lugar para se plantar ódio"

Segundo a vice disse que torcedores votam em quem desejarem, e criticou desrespeitosa com os clubes a atuação da campanha de André Fernandes (PL)

Em entrevista ao programa O POVO News nesta terça-feira, 22, a vice-governadora do Ceará, Jade Romero (MDB), comentou a atuação de torcidas de futebol em apoio aos candidatos à Prefeitura de Fortaleza. O envolvimento dos torcedores e a menção aos times tem sido intensificado neste segundo turno.

A vice-governadora defendeu que os torcedores podem votar no candidato que desejarem. Ela criticou o uso dos times na campanha, citando André Fernandes (PL), adversário de Evandro Leitão (PT), cuja candidatura ela defende. Romero é casado com Marcelo Paz, atual CEO da Sociedade Anônima do Futebol do Fortaleza, e ex-presidente do clube.

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“Quero dizer quem torce Fortaleza, vota em quem quiser, quem torce Ceará vota em quem quiser e assim por diante. A gente não está falando de futebol, a gente está falando de política, de eleição, do futuro da nossa cidade”, disse a vice-governadora. A fala faz menção ao jingle de André que cita quem vota ou no Ceará ou no Fortaleza não votaria em Leitão.

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Jade completou a explicação defendendo que o Conselho Deliberativo do Fortaleza é autônomo e feito por pessoas eleitas. “Esse posicionamento foi do Conselho Deliberativo do Fortaleza, que é eleito e é autônomo, como é não só no Fortaleza, mas em outros clubes”, disse Jade.

Segundo a gestora, a atuação de envolver torcidas por parte da candidatura de André Fernandes seria "desrespeitosa" com os clubes. “A gente tem que se atentar, pois a gente vê que essa questão da polarização dentro do futebol, que o André levantou inclusive desrespeitando as cores dos clubes. O futebol é paixão, é emoção, é entretenimento, ele é alegria de muitas pessoas. A gente não pode utilizar os símbolos as marcas para criar ódio e dividir as pessoas”, ressaltou.

“Acredito que o André utilizou como estratégia porque tem muito pouco a apresentar, como ele tem demonstrado de projeto para a nossa cidade. É uma pessoa que demonstra total incapacidade de discutir e conhecer essa cidade. Portanto, o futebol foi utilizado como cortina de fumaça”, concluiu a vice-governadora.

Mais cedo, ela já tinha comentado o assunto quando participou do Debates do Povo, da rádio OPOVO CBN. "Eleição é sobre os quatro anos da nossa cidade. Nós não estamos falando sobre futebol. E acho que a gente sabe que a campanha do André foi quem iniciou essa provocação, inclusive utilizando as cores do futebol. Futebol é paixão, é entreterimento, não é lugar para se plantar o ódio, para se dividir as pessoas", ressaltou. 

Entenda as críticas

O pleito municipal em Fortaleza tem sido envolvido por polêmicas relacionadas às disputas por posicionamentos de torcedores e torcidas de futebol. O futebol tem sido politizado nas disputas pelas campanhas para eleição marcada para o próximo domingo, 27.

As torcidas organizadas e até os órgãos ligados aos clubes têm se manifestado sobre o pleito. O que pode ser considerado um fator decisivo para politização do futebol cearense, é a trajetória profissional do candidato Evandro Leitão, ex-presidente do Ceará Esporte Clube.

Se aproveitando da brecha, a campanha de Fernandes fez jingles para atacar a campanha do adversário e envolver os torcedores dos principais clubes da capital.

Como reação, Leitão começou a angariar apoios dentro da comunidade esportiva, de torcidas organizadas e seus membros. Logo após o segundo turno, a Torcida Organizada do Cearamor (TOC) declarou apoio ao candidato petista.

A Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) disse ter sido procurada por ambas as campanhas, e na semana passada, Leitão apareceu em uma foto ao lado de João Paulo, o Bombado, então presidente da TUF, e de Regis Alves Pires, presidente em exercício da Cearamor.

A imagem causou repercussão nas redes sociais, o que rendeu um posicionamento do Conselho Deliberativo do Fortaleza, rechaçando apoio ao candidato Evandro Leitão. O comunicado informou ainda que o conselho solicitaria o cancelamento de uma homenagem concedida à organizada,

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