Manifesto de pastores evangélicos repudia o uso dos templos como palanque eleitoral em Fortaleza

14 líderes se uniram e relatam extrema preocupação com a politização dos templos religiosos

Há quem diga que política e religião não se misturam, mas há alguns anos os altares sagrados vêm se tornando palanque políticos. Diante de um cenário acirrado para o segundo turno na capital cearense, onde duas ideologias distintas se enfrentam e buscam alcançar o executivo municipal, um manifesto reuniu 14 líderes de igrejas evangélicas de Fortaleza pedindo que os templos não sejam usados como palanque eleitoral. 

Com argumentações embasadas em versículos bíblicos, o manifesto relata que a missão da igreja na terra está acima de qualquer movimento ou interesse terreno. Seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que pregava a salvação das almas e transformação pessoal, distinguindo-se do poder político. 

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Orientando sobre o papel das igrejas na terra, exemplificam o versículo : “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:21), onde reafirmam a separação dos interesses governistas e integridade espiritual. Seguem afirmando que no regime democrático, é válido usar o evangelho para direcionar a opção de candidato ou projeto partidário a ser escolhido, porém alertam quanto aos que utilizam do nome de Cristo para interesses terrenos. 

"Queremos destacar com clareza: o Evangelho do Senhor jamais
será de esquerda ou de direita. Ele não serve aos interesses de ideologias
políticas. Só existe um Santo dos Santos, Jesus Cristo de Nazaré, o único
digno de nossa adoração e fidelidade. Não há candidato enviado por Deus e
nem pelo Inferno. A escolha de nossos governantes deve ser feita com
responsabilidade e oração, mas jamais devemos atribuir caráter divino ou
demoníaco a qualquer candidato, pois isso é distorção da fé"

 

Dentre os idealizadores do manifesto, está o Pastor Costa Neto, fundador da Comunidade Cristã Videira, e o Pastor Sandro Fiúza que relatou ao O POVO a situação enfrentada nas comunidades. "De forma nenhuma somos contra a politica, ela faz parte do dia-a-dia de todos nós e como igrejas somos atores importantes. Mas acreditamos que as igrejas não dever se partidarizar, pois temos nas nossas comunidades as mais diversas correntes politicas" afirmou. 

O pastor afirmou ainda que repudiam qualquer lado que utiliza do evangelho e sua posição de liderança religiosa como instrumento de pressão entre os membros da comunidade "somos livres para exercer nossa cidadania celestial e terrena. Nossa intenção é trazer uma reflexão sobre essa situação" completou. 

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