André x Evandro: 2º debate tem críticas a aliados e polêmicas sobre futebol e misoginia
Encontro também passeou sobre assunto como saúde, gestão pública, emprego e renda e segurança públicaOs candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) se enfrentaram em mais um debate do segundo turno na disputa pela Prefeitura de Fortaleza. Neste embate, promovido nesta quarta-feira, 16, pela TV Diário, destacaram-se as críticas contra aliados.
De um lado, o candidato do PL apontou relação do concorrente com os deputados federais José Guimarães (PT) e Eunício Oliveira (MDB). Do outro, o petista evidenciou alinhamento do adversário com a deputada federal em exercício Dra. Mayra (PL).
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A citação sobre Guimarães se refere ao escândalo conhecido como "caso dos dólares na cueca", ocorrido em 2005. O caso envolveu um assessor de quanto Guimarães era deputado estadual. O funcionário foi preso pela Polícia Federal carregando US$ 100 mil nas roupas íntimas e R$ 200 mil em uma valise. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) isentou o petista da acusação de envolvimento e o episódio prescreveu.
Já a Dra. Mayra ficou conhecida como "Capitã Cloroquina" por ter defenrido ferrenhamente do uso da cloroquina no combate à pandemia de Covid-19. A médica cearense foi secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e chegou a ser ouvida na CPI da Covid. Sbre Eunício, André não mencionou caso específico.
Resgate de falas e pedido de desculpa
No confronto, o petistra mencionou publicações em que o lcandidato do PL teria proferido ofensas machistas. “O candidato que está aqui ao meu lado pega postagens de 2011 lá do meu Twitter. Para quem não sabe, em 2011 eu tinha 14 anos de idade e era youtuber, comediante, e fazia brincadeiras. Muitas delas, de mal humor. Confesso, brincadeiras bobas. Amadureci, candidato”, respondeu André.
Evandro rebateu e reforçou as críticas. “É incrível como o candidato dissimula. Não é de 2011, é de 2018. É porque não posso mostrar. Estou aqui com o documento”, acrescentando condenação de André por acusar uma jornalista de trocar sexo por informação.
Temas livres: saúde, infraestrutura e educação
Entre temas livres e sorteados, os candidatos também responderam sobre saúde, obras de infraestrutura, creche e esporte. Além disso, passearam por assuntos como emprego e renda, gestão pública, segurança pública e educação.
Saúde foi o primeiro tema sorteado no segundo bloco do debate. Na ocasião, André contou que usaria parcerias e convênios com a iniciativa privada. Segundo ele, o então secretário Wilson Modesta Pollara fez o mesmo em 2017 na cidade de São Paulo.
Evandro rebateu e disse que o Tribunal de Contas do Município (TCM) pediu afastamento de Pollara quando comandava a Saúde de Goiânia após suspeita de tentativa de contrações irregulares para o Samu. Ele emendou com críticas à possibilidade de André nomear Mayra, caso eleito, para ser titular da pasta em Fortaleza. "Aquela que passava remédio de verme [para tratar contaminação por Covid-19]", disse, em seguida, teve o microfone cortado por esgotamento do tempo de resposta.
Quando sorteado o tema "obras de infraestrutura", André fez o primeiro apontamento sobre as alianças de Evandro, questionando o que o adversário "fará para se diferenciar do atual grupo político dele, que não é só as três bengalas — Lula, Camilo Santana e Elmano —, que é também José Guimarães, conhecido pelo dinheiro na cueca, e também Eunício Oliveira".
Tanto Mayra, quanto Guimarães e Eunício foram citados em outros momentos do embate. Nas considerações finais, o candidato do PL se solidarizou com a correligionária.
Futebol e ídolo do Ceará
Futebol foi outro assunto que tomou os holofotes do debate. No quarto bloco, que teve tema livre, André mencionou jogo do Fortaleza marcado para esta quarta, e acrescentou questionamento sobre Evandro posar para foto com o jogador Arlindo Maracanã e "uma ruma de dinheiro vivo". "Era comemorando que o Fortaleza não subiu da série C para B? Aliás, você se orgulha que um time cearense não venha a subir?", indagou.
Arlindo, na época, estava no Sampaio Corrêa, e fez um gol na partida que impediu o acesso do Fortaleza à série B, em 2013. Ele também já competiu pelo Ceará, clube em que Evandro foi presidente.