Apoio de Wagner em Fortaleza passa por cúpula do União Brasil; ele e André estiveram em Brasília

Resultado das articulações tem previsão para ser oficializado nesta quinta-feira, 10

O segundo turno de Fortaleza reverbera nos bastidores de Brasília. Nesta quarta-feira, 9, Capitão Wagner esteve na capital brasileira reunido com o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, para tratar sobre quem deve receber o apoio da sigla na capital cearense: André Fernandes (PL) ou Evandro Leitão (PT).

Brasília também recebeu a visita de Fernandes nesta quarta, que já está de volta a Fortaleza. O POVO apurou que o candidato do PL teve uma conversa "boa" com o União Brasil, mas não há informações sobre quais interlocutores o candidato se encontrou.

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A previsão é de que o apoio do partido seja oficializado até esta quinta-feira, 10, conforme informaram fontes ouvidas pelo O POVO.

O apoio de Wagner também está na mira do PT de Evandro Leitão. No domingo, 6, o líder do governo Lula na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT), já havia antecipado que tanto o União Brasil quanto o PDT de José Sarto seriam focos de possíveis alianças.

O petista, na ocasião, ponderou necessidade de "sentar nacionalmente" com as legendas "para buscarem envolvimento de todos", argumentando que ambos os partidos compõem a base de Lula. No dia seguinte, 7, ao O POVO, Evandro contou que tinha ligado para Wagner e aguardava retorno do ex-deputado federal ao longo desta semana.

Em nível nacional, o União Brasil faz parte da base do Governo do Lula, embora haja vários oposicionistas na legenda. Em Fortaleza, Wagner se notabilizou como líder do campo conservador e oposição ao governo do Estado, do PT. Nas eleições de 2020 e 2022, ele foi o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O União Brasil, partido da base com contornos oposicionistas, tem no primeiro escalão do governo Lula o ministro das Comunicações, Juscelino Filho e o do Turismo, Celso Sabino. O ministro da Integração Regional, Waldez Góes, não é filiado à sigla, contudo foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil) como cota partidária no início do governo.

Esta não é a primeira que Fortaleza movimenta o União Brasil em Brasília

Antes das formações de chapa para a disputa em Fortaleza, o PL quase indicou a vaga de vice-prefeito de Wagner, mas recuou após André apelar a Bolsonaro. Os dirigentes partidários Rueda, do União, e Valdemar da Costa Neto, do PL, se encontraram em Brasília na segunda semana de julho para as tratativas, que envolveriam troca de apoio em outros municípios considerados prioridades para o PL.

Rueda, inclusive, se encontrou com o ex-presidente. As conversas, à época, foram tidas como “boas” pró-União. De acordo com apuração do O POVO, Valdemar se mostrou favorável à retirada da candidatura de André e o convencimento maior teria que passar pelo aval de Bolsonaro, próximo a Fernandes.

O acordo, no entanto, foi desfeito após conversa do ex-mandatário com o próprio André Fernandes, quando o hoje candidato chegou a se emocionar e afirmou que ficaria desmoralizado com a situação. Rogério Marinho, secretário-geral do PL e líder da oposição no Senado, afirmou em julho ao O POVO que as siglas, PL e União, estariam "com certeza" juntas no segundo turno.

Com informações do repórter Guilherme Gonsalves

 

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