Qual deverá ser destino político de Sarto e RC após dura derrota nas urnas em Fortaleza

Resultado negativo das eleições em Fortaleza põe em xeque influência política dos dois últimos prefeitos da Capital

O terceiro lugar na votação deste domingo, 6, colocou José Sarto (PDT) como o primeiro prefeito a concorrer e não conseguir reeleição em Fortaleza. Nem mesmo uma vaga no segundo turno foi garantida. O mau resultado respinga ainda em outra figura importante do grupo político pedetista na Capital, o ex-prefeito Roberto Claudio (PDT). Como devem seguir a dupla daqui para frente, mirando o futuro?

Sarto terá alguns meses ainda de gestão, somando o amargor da derrota nas urnas com algumas figuras fortes de sua base na Câmara Municipal, já que não se reelegeram nomes como Iraguassu Filho, Lucio Bruno, Dalila Saldanha, Carlos Mesquita e até o próprio irmão, Dr. Elpídio.

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A partir de 1º de janeiro de 2025, restará ao futuro ex-prefeito acumular capital político para retornar ao cargo que mais ocupou nas últimas décadas, o de deputado estadual. Com diversas reeleições em sequência, chegou a presidir a Casa, antes de se lançar na exitosa campanha pelo Paço Municipal.

Se, por um lado, pode chegar na eleição de 2026 com muito mais recall do que tinha nas eleições anteriores por vaga na Assembleia Legislativa, o desgaste do tempo em que foi prefeito pode ser um peso contra, gerando uma rejeição que anteriormente não tinha.

Entrave nos planos

Outro que terá que reavaliar a rota será Roberto Claudio. Os caminhos traçados nos últimos anos já não foram exatamente como o esperado, o revés de seu aliado, tendo participado mais uma vez de forma ativa na campanha, pode atrapalhar planos de voos maiores.

Após deixar a Prefeitura de Fortaleza com boa avaliação, ao final de 2020, tendo sido o grande nome da campanha que colocou Sarto como seu substituto, Roberto Claudio parecia o nome natural do clã Ferreira Gomes para a disputa do governo do Estado, em 2022. A indicação até veio, mas não sem antes uma crise que apartou até os irmãos Ferreira Gomes e levou boa parte do PDT para outras siglas.

Para piorar, a eleição não foi como RC desejava. Ele viu não apenas os ex-aliados do PT elegerem Elmano de Freitas governador, como foi em primeiro turno, não conseguindo terminar sequer em segundo na disputa. A derrota de agora, somada ainda à diminuição da força pedetista no Estado, é fator que merece uma reavaliação de rota. Enquanto o PDT fez apenas cinco prefeituras no Ceará, o PT fez 46 (com dois segundo turnos ainda a disputar) e o PSB, onde desembarcaram vários pedetistas após briga de 2022, fez 65 prefeitos.

Em 2026, quando houver eleições novamente, RC estará sem cargo eletivo desde o fim de 2020, o que diminui certamente seu recall e representatividade. O que fazer para se manter relevante nesse cenário? Talvez nem mesmo RC saiba o que responder nesse momento.

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Roberto Claudio José Sarto

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