Laudo falso de Marçal contra Boulos é retirado das redes sociais; entenda o caso

No documento falso, Marçal apontava que Boulos tinha sido internado por surto psicótico e uso de drogas. Na época, o candidato do Psol estava distribuindo cestas básicas em bairro de São Paulo

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou a remoção imediata do suposto laudo de Guilherme Boulos (Psol), publicado por Pablo Marçal (PRTB) no Instagram, Tik Tok e Youtube, na noite dessa sexta-feira, 4. A Justiça Eleitoral reconheceu a “falsidade do documento”. A publicação já foi retirada no Instagram.

No falso laudo, é apontado que Boulos teria sido internado em 2021 por surto psicótico grave e uso de drogas. Na madrugada deste sábado, 5, a defesa do candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo entrou com representação na Justiça contra Marçal, solicitando a retirada do conteúdo, assim como a suspensão das redes sociais do ex-coach.

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O juiz da 2ª Zona Eleitoral, Rodrigo Marzola Colombini, apontou que o documento apresenta incoerências, como:

  • Laudo assinado por profissional já falecido, o doutor José Roberto de Souza (CRM 17064-SP);
  • A relação de amizade de Marçal com um dos sócios da clínica que teria gerado o arquivo, o médico Luiz Teixeira da Silva Júnior, já condenado por falsificação de documento público.

"Há plausibilidade nas alegações (da defesa de Boulos) envolvendo não apenas a falsidade do documento, a proximidade do dono da clínica em que gerado o documento com o requerido Pablo Marçal, documento médico assinado por profissional já falecido e a data em que divulgados tais fatos, justamente na antevéspera do feito", explicou o juiz.

Além das incoerências apontadas pelo juiz, ainda é possível identificar no laudo erros no número de RG de Boulos e de digitação.

Outro ponto é que no dia da suposta internação Boulos estava distribuindo cestas básicas na Comunidade do Vietnã, na zona sul de São Paulo. Publicações nas redes sociais, tanto de Boulos quanto de seus apoiadores, comprovam que o agora candidato à Prefeitura de São Paulo teve compromissos públicos no dia 19 de janeiro de 2021. Além disso, ele participou de um podcast no dia seguinte e teve outras atividades públicas na véspera da alegada internação.

No entanto, a Justiça Eleitoral não aceitou o pedido de suspensão das redes sociais de Marçal. “(É) incabível a almejada suspensão liminar de todas as redes sociais do requerido Pablo Marçal e dos perfis @r.nogueeira e @identidadedesucesso, em fase processual ainda inicial e em sede de representação por propaganda irregular”, completou.

Apesar da publicação já ter sido removida pelo Instagram, de acordo com Marçal não foi ele que deletou o post, e sim a própria rede social.

Resposta de Boulos a Marçal

Em resposta ao post de Marçal, Boulos iniciou uma transmissão ao vivo no Instagram ainda na sexta-feira, 4, afirmando que o documento divulgado por seu adversário é falso e que o dono da clínica mencionada seria um apoiador de Marçal. "Olha o nível que o cidadão chegou: falsificação de documento", disse o candidato do Psol.

Boulos chegou também a afirmar que estava entrando com um pedido de prisão contra Marçal e o sócio da clínica.

"Simples assim. O cidadão não tem limite. A um dia da eleição, ele inventa essa fake news. Agora, gente, chegou num limite para ele. Estamos entrando agora à noite com um pedido de prisão contra ele, na Justiça Criminal. Dele e do dono da clínica. Dele e do dono da clínica", disse durante a live.

Silas Malafaia defende Boulos

O pastor Silas Malafaia, um nome forte do movimento conservador e com atuação política ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contrário a Boulos, defendeu o candidato do Psol após a publicação e chegou também a pedir a prisão de Marçal.

“O psicopata do Pablo Marçal forjando documento contra Boulos para dizer que ele é dependente de drogas. Inadmissível! Não é porque Boulos é o nosso inimigo político que vamos aceitar”, disse o pastor em suas redes sociais.

Com Agência Estado

 

 

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