Sarto tem a 7ª campanha mais cara do Brasil; Wagner também aparece entre as 10 maiores
Levantamento do O POVO aponta o prefeito de Fortaleza como a 7ª campanha mais cara do Brasil
18:43 | Out. 03, 2024
Dando sequência ao levantamento feito por O POVO, que apontou que Fortaleza tem a campanha a prefeito mais cara do Nordeste - e 4ª mais cara do país - o destaque fica agora para os valores gastos pelos candidatos a prefeito.
O atual chefe do Executivo municipal, que busca a reeleição, José Sarto (PDT) tem segunda campanha mais cara da região Nordeste (R$ 17,3 milhões), atrás apenas do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), com R$ 20,6 milhões.
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Em termos nacionais, o pedetista aparece com a 7ª mais cara campanha para prefeito do Brasil. Também candidato em Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil) aparece na listagem como a 10ª campanha mais cara do país, com R$ 12,5 milhões.
A campanha mais cara dentre todas a prefeito no Brasil é a de Guilherme Boulos (Psol-SP), com mais de R$ 65 milhões arrecadados. São mais de R$ 20 milhões a mais do que a segunda colocada, a do do também postulante em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), com R$ 44 milhões. Todos os dados listados provém do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De onde vem o dinheiro
Grande parte do dinheiro das milionárias campanhas vêm do fundo eleitoral partidário, conhecido como 'fundão'. Quanto maior representatividade tem um partido nas Casas Legislativas, maior acesso às verbas ele tem.
A campanha de Sarto é impulsionada pelos recursos do PDT, que visa manter a única prefeitura que o partido comanda atualmente. Assim, o diretório nacional garantiu à candidatura nada menos do que R$ 15 milhões, somados a outros R$ 250 mil doados pelo diretório estadual da sigla e R$ 250 mil do diretório municipal.
O restante dos valores vem de contribuições de pessoas físicas, com destaque para o suplente de senador - e irmão do ex-prefeito Roberto Claudio (PDT) - Prisco Bezerra (PDT), que doou R$ 1 milhão, o ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), com doação de R$ 600 mil e mais R$ 125 mil do empresário Beto Studart.
Já Capitão Wagner recebeu pouco mais de R$ 12 milhões do diretório nacional do União Brasil, tendo o restante provindo de doações em pessoa física.
Campeã de arrecadação do país, a candidatura de Guilherme Boulos (Psol) recebeu R$ 35 milhões do Psol e mais R$ 30 milhões do PT. Já o prefeito da capital paulistana, Ricardo Nunes (MDB), segundo da lista, recebeu R$ 17 milhões do PL, outros R$ 15 milhões do MDB, mais R$ 4 milhões do PSD, R$ 3 milhões do Progressistas e mais R$ 3 milhões do Podemos, além de R$ 1,7 milhão do Solidariedade.
Campanhas a prefeito mais caras do Brasil:
- Guilherme Boulos (Psol-SP) R$ 65,6 milhões
- Ricardo Nunes (MDB-SP) R$ 44,3 milhões
- Alexandre Ramagem (PL-RJ) R$ 26 milhões
- Eduardo Paes (PSD-RJ) R$ 21,3 milhões
- Bruno Reis (União-BA) R$ 20,6 milhões
- Fuad Nomam (PSD-MG) R$ 18 milhões
- José Sarto (PDT-CE) R$ 17,3 milhões
- Tabata Amaral (PSB-SP) R$ 16,7 milhões
- Bruno Engler (PL-MG) R$ 16,1 milhões
- Capitão Wagner (União-CE) R$ 12,5 milhões