Sarto critica decisão judicial que proibiu impulsionamento nas redes sociais: "Arbitrária"
O prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição apontou que há parcialidade em setenças que favorecem o petista, Evandro Leitão
20:03 | Set. 30, 2024
José Sarto (PDT), prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição, chamou de "arbitrária" a decisão da Justiça Eleitoral de proibir o impulsionamento de publicações em suas redes sociais, sob pena de bloqueio, na semana decisiva das eleições municipais. Ele chamou a ação de "censura" e definiu como uma tentativa de "calar" a sua campanha.
"Essa é uma atitude que provoca um extremo desequilíbrio entre as campanhas, é uma tentativa de censura, nosso departamento jurídico já tá tomando todas as providências cabíveis, mas é uma tentativa de censura em relação a nossa campanha", afirmou ao lado de vereadores e aliados em coletiva convocada para esta segunda-feira, 30.
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"E o que é interessante dessa decisão judicial é que eles não pediram apenas a suspensão da veiculação ou apagar da matéria, eles pediram o cancelamento do impulsionamento. Numa ação muito rápida, porque chegou no domingo meio-dia, salvo engano, e tramitou muito rapidamente", completou.
Sarto argumentou que tais publicações não constavam inverdades. As postagens eram voltadas a críticas contra o candidato Evandro Leitão (PT), acusado pela campanha de Sarto de não ter assinado pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico em 2018. Evandro diz que assinou. As críticas também são direcionadas ao Governo do Estado quanto à segurança pública. O prefeito também alegou parcialidade da Justiça Eleitoral.
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"Esses conteúdos totalizam deR$ 65 mil, já deliberaram. Nós temos quatro representações contra eles (do PT) de 17 conteúdos mentirosos que equivalem a R$ 181 mil sem nenhum pronunciamento até agora. Está mostrando uma total parcialidade no que está acontecendo numa tentativa de censura de calar a boca de uma campanha que está mostrando quem é o candidato do PT aqui em Fortaleza. Isso é um absurdo o que está acontecendo", declarou.
José Sarto afirmou que as medidas judiciais de sua campanhas estão sendo tomadas e espera que consiga reverter em breve para, segundo ele, "salvar a democracia" e evitar um desequilíbrio de forças entre campanhas.
"A gente espera reverter isso em breve para salvar a democracia, nós precisamos fazer esse debate claro e, da maneira como foi posta, estabelece um extremo desequilíbrio na tentativa de calar nossa campanha. É uma decisão completamente arbitrária que excede a forma e em um momento crucial da campanha que nós estamos aqui na reta final", completou.
O pedetista também negou que a decisão tenha vindo após ele e sua campanha não terem cumprido outras medidas judiciais. De acordo com o prefeito, as determinações está sendo exercidas "à risca".