Wagner diz que eleitores "na ânsia de tirar um grupo do poder", podem colocar "algo pior"
O candidato do União Brasil falou sobre estar preocupado com o risco em que a cidade de Fortaleza corre com as eleições municipais
19:11 | Set. 27, 2024
Capitão Wagner (União) disse que poderia ser um "risco à democracia" a depender do cenário de segundo turno nas eleições municipais em Fortaleza, programada para o dia 6 de outubro. O candidato afirmou que, com uma "vontade" de se tirar um grupo que está no poder", a população poderia "acabar colocando algo muito pior" na gestão municipal.
Wagner realizou entrevista coletiva nesta sexta-feira, 26, onde denunciou um caso de quebra e retirada de materiais de sua campanha que teriam partido da candidatura de André Fernandes (PL), representante do bolsonarismo. Na ocasião, o Capitão citou sua preocupação com o futuro da cidade após o pleito.
"A gente quer chamar a atenção da sociedade de Fortaleza pro risco que nós corremos. O grande risco que nós corremos no dia 6 de outubro ao escolhermos quem vai pro segundo turno. E as vezes a gente na ânsia de tirar um grupo do poder pode tá colocando algo muito pior. Essa é a reflexão que a gente queria que vocês fizessem", afirmou.
Wagner aparece em terceiro lugar nas pesquisas, conforme média feita pelo agregador do O POVO+. Na liderança, André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) com as maiores médias móveis. A do candidato do PL é de 24,7%. A de Evandro, 22,3%.
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Questionado se esse "algo muito pior" seria André Fernandes (PL), com quem vem trocando farpas e acusações, Wagner falou que não sabe "quem de fato é pior ou melhor", mas defendeu sua candidatura como a mais madura e preparada. Ele voltou a afirmar que o PT espera enfrentar o bolsonarista no segundo turno.
"É muito clara a intenção do governo de ter essa candidatura no segundo turno para que eles possam enfrentar e desconstruir. Eu acho que o nosso papel é fazer o contraponto e mostrar que estamos aqui pra fazer o bom debate em relação a cidade", declarou.
Ao falar das acusações trocadas entre candidaturas, Wagner explicou que cada um vai defender o seu projeto na reta final, mas não se pode "descambar para esse tipo de coisa".
"Eu tô até acostumado com esse tipo de coisa (vídeos com mentiras) eu não tava acostumado com isso que a gente acabou flagrando (retirada de bandeiras) e essa forma de fazer campanha. A gente tem visto a velha política fantasiada de novidade praticando coisas que até então a gente não tinha visto. É um grande risco para a democracia que isso seja difundido que a imprensa seja atacada", declarou.
Prosseguiu: "Então eu tô aqui muito claramente dizendo, eu tô preocupado com a cidade, eu amo a cidade de Fortaleza, é aqui que eu vivo, é aqui onde a minha família está, é aqui que eu vou permanecer. Então me preocupa muito a possibilidade de alguma candidatura sair vitoriosa usando esse modus operandi. Isso aqui não é legítimo, isso aqui estimula a violência".
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Citando o campo da direita, em que também são candidatos André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo). Wagner lembra das tentativas de acordo e aliança para evitar embates entre eles, mas segundo Capitão, o postulante do PL o ataca.
"Tem um ano e meio de agressão do André contra mim e eu nunca fui na rede social para me vitimizar pra ficar com mimimi até porque eu acredito que quem é adulto não precisa disso. Aqui está falando uma candidatura adulta, amadurecida, que tem projeto pra cidade e a gente não vai ficar com mimimi em rede social chorando com situações que não correspondem com a realidade", completou.
Sem citar André, Capitão afirmou que nunca fugiu de entrevista. Fernandes faltou a sabatina do O POVO realizada com todos os candidatos a prefeito de Fortaleza.
"Eu nunca fugi de uma entrevista. Pode ser onde for. Toda entrevista a gente tá lá, porque a gente respeita muito a imprensa. Fugir da entrevista, fugir do debate é uma demonstração de que você não tem projeto pra cidade", afirmou.