Eleições 2024: como funciona a preparação das urnas eletrônicas para a eleição?

Modificadas pela Justiça Eleitoral, as urnas não têm acesso a nenhum tipo de software com conexão externa

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) deu início, nesta semana, ao processo de carga das informações das urnas eletrônicas que serão utilizadas no 1º turno das eleições. Após essa etapa, as urnas serão armazenadas e, em seguida, transportadas para suas devidas zonas de votação.

As cargas de urnas são realizadas em cerimônias públicas, podendo ser acompanhadas por representantes de diversas entidades fiscalizadoras, como forças armadas, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, partidos políticos, coligações e federações de partidos.

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Jehovah Netto, chefe da seção de urnas do TRE-CE, explica que não é possível utilizar o equipamento antes de 6 de outubro, data do 1º turno, porque os sistemas foram programados para autorizar o funcionamento somente durante o dia e horário da votação. O chefe de seção explica como acontece o processo de preparação das urnas e o que garante ao eleitor. 

Quais processos são necessários para que a urna funcione?

A urna eletrônica não tem conexão com a internet ou com nenhuma rede de computadores, tornando-a protegida de invasões online. Elas são preparadas ao longo do período eleitoral, nos procedimentos de geração de mídias, carga e lacração. "A geração de mídias é o processo pelo qual o TRE prepara os cartões de memória que funcionarão dentro das urnas eletrônicas, além de inserir as informações específicas de cada urna", explica Jehovah.

Na etapa das mídias, ocorre a preparação dos cartões de memória que funcionarão dentro das urnas eletrônicas, contendo dados sobre seções, eleitores e candidatos. O cartão que insere as informações, denominado "mídia de carga", é o meio pelo qual a informação é passada com um código criptografado, específico para cada urna. Após esse processo, os aparelhos recebem lacres físicos para que qualquer tentativa de violação possa ser evidenciada.

Como forma de apuração, as urnas possuem as mídias de resultado. O funcionário explica que o mecanismo de forma similar a de um pendrive, que é retirado e levado fisicamente até um computador do TRE.

Durante a apuração após a votação, candidatos com candidaturas inaptas ou irregulares, cujos procedimentos ocorreram após a inserção das mídias nas urnas, não são contabilizados no resultado final. Para o segundo turno, as urnas precisam retornar e ser recondicionadas com os novos candidatos concorrentes.

Jehovah aponta que os tipos de mídia garantem a segurança do processo de apuração. "Temos a mídia de resultado e o cartão que insere as informações, mídia de carga, que é o meio pelo qual a informação é passada e o código é mostrado. A urna eletrônica só funciona com essas duas memórias, por isso os votos são tão seguros."

As urnas são previamente testadas. O processo é realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano anterior às eleições, com a participação e colaboração de especialistas. O objetivo é identificar problemas ou fragilidades a serem resolvidos e testados antes da realização das eleições.

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