Quatro candidatos a prefeito desistem da eleição em três cidades cearenses; veja casos
Desistências foram motivadas por questões distintas e que variam de alegações de "perseguição", problemas como a Justiça Eleitoral ou mesmo por opção pessoal devido ao cenário político localPelo menos quatro candidatos a prefeituras cearenses renunciaram às suas respectivas candidaturas, em três cidades, na última segunda-feira, 16, último dia para possíveis alterações nas chapas. Candidatos em Barreira, Iguatu e Pacujá anunciaram desistências por motivos que variam entre alegações de “perseguição”, problemas com a Justiça Eleitoral ou mesmo por escolha própria devido ao cenário de polarização.
Em Iguatu, o candidato a prefeito Rafael Gadelha (PSD) e o candidato a vice Bandeira Júnior (Avante), apoiados pela atual gestão, justificaram a desistência em publicação em uma rede social, onde ambos discursaram agradecendo ao eleitorado e aos apoiadores.
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“Estamos aqui para fazer um anúncio importante que impactará as eleições (...) Nós sabemos que as eleições são polarizadas, por vários fatores externos e internos, a gente viu que pelo tempo que fomos lançados, pelo tempo curto da campanha, vimos que não conseguiríamos vencer a polarização. Estou aqui, de maneira oficial, para dizer que estamos renunciando a nossa candidatura”, disse Gadelha.
No caso de Barreira, o candidato Dr. Thiago Reges (Mobiliza) anunciou a desistência da corrida eleitoral no município, distante 78,7km de Fortaleza. O agora ex-candidato explicou os motivos em publicação na ferramenta stories, em seu perfil no Instagram.
"Quero informar a todos vocês, por esta carta, a minha RENÚNCIA à candidatura a prefeito de Barreira. Quero ressaltar que existem perseguições políticas e de pessoas de má fé, mas a vontade do povo por mudança não pode parar", diz trecho da nota publicada.
Já no município de Pacujá, a renúncia dos dois candidatos que se lançaram inicialmente foi motivada por problemas com a Justiça Eleitoral. Então prefeito e candidato à reeleição, Raimundo Filho (PSB) disputaria contra José Antônio Mão Calejada (União Brasil). Ambos foram eleitos juntos como prefeito e vice, em 2020, mas romperam politicamente.
A chapa, entretanto, foi cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e compra de votos no pleito de 2020. Decisão do TSE, em sessão no último dia 12, confirmou inelegibilidade dos candidatos por oito anos, além do pagamento de multa e determinou ainda a realização de uma eleição indireta a ser realizada na Câmara Municipal.
Embora estivessem inaptos, ambos os candidatos então renunciaram e outros dois nomes foram lançados na última segunda-feira, 16. Pedro Allan (PSB) é o candidato do partido de Raimundo Filho. Do lado oposto está João Paulo da Elma (Cidadania), que substituirá Mão Calejada na chapa que disputará em outubro.
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