Muito além da cadeirada: relembre outras situações inusitadas em debates eleitorais

Agressões físicas, agressões verbais, frases polêmicas e muitos outros fatos marcaram debates eleitorais ao longo das últimas décadas

Nem apenas de propostas vivem os debates eleitorais. Ao longo de cerca de quase quatro décadas, desde quando o voto direto retornou ao País, muitas situações exóticas aconteceram em debates. De bate-bocas a frases inusitadas, foram muitos os momentos que marcaram as disputas por prefeituras, governo e até pela Presidência da República. 

O POVO relembra algumas das cenas mais inusitadas ocorridas nesse período.

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Candidata dá cabeçada em adversário

Já nas eleições deste ano, o debate entre os candidatos à Prefeitura de Teresina (PI) foi marcado por uma cabeçada do prefeito, Dr. Pessôa (PRD), no candidato Francinaldo Leão (Psol). A agressão aconteceu durante debate da Band. Após responder a uma pergunta formulada por Leão, Dr. Pessôa se aproximou do adversário e deu uma cabeçada no seu rosto.

"Chupa aqui pra ver se sai leite"

Também ocorrida nas Eleições 2024, mas em Fortaleza, a frase inusitada foi proferida em debate realizado pelo O POVO. George Lima (Solidariedade), após ser chamado de irrelevante e "garganta de aluguel do PT" por André Fernandes (PL), partiu para cima e soltou uma frase surpreendente, logo após imitar o oponente.

"Ele (Fernandes) me agrediu, mexeu com a pessoa errada. Coragem, meu amigo, tenho aqui. Vá para a sua cidade, Iguatu, não fique querendo ser prefeito de Fortaleza, que aqui ninguém vai comer sua bola, não. Chupa aqui para ver se sai leite", disse apontando o braço para Fernandes. A frase teve repercussão nacional.

Carteira de trabalho

Confusão ocorreu na eleição para prefeito de São Paulo/SP e envolveu o empresário Pablo Marçal (PRTB) e o deputado Guilherme Boulos (Psol). Marçal provocou o parlamentar mostrando insistentemente uma carteira de trabalho, até gerar uma reação do adversário, que tentou dar um tapa no objeto.

Boulos (Psol) que "ninguém tem sangue de barata" e Marçal admitiu ter provocado em busca de gerar 'cortes' para as redes sociais.

Cadeirada Datena x Marçal

A mais recente confusão ocorrida em debates eleitorais ocorreu durante debate promovido pela TV Cultura com o candidatos a prefeito de São Paulo/SP. Provocado por Pablo Marçal (PRTB), o jornalista José Luiz Datena (PSDB) deu uma cadeirada no adversário.

Padre de festa junina

A situação, que acabou viralizando nas redes sociais, ocorreu durante debate promovido pela TV Globo, durante as eleições presidenciais de 2022, envolvendo o candidato Padre Kelmon (PTB) e a candidata Soraya Thronicke (União Brasil).

Primeiro, a candidata disse que sequer sabia o nome do adversário. "Kelson? Kelvin?", indagou. Depois da pequena confusão, a senadora resolveu encurtar a história: "Candidato Padre!".

Na sequência, ela comentou o fato de o padre ter dito que não deu nenhuma extrema-unção durante a pandemia. "Não deu extrema-unção? Porque você é um padre de festa junina", disse.

"Que tistreza (sic)"

No mesmo debate da TV Globo citado acima, outra frase virou meme nas redes sociais. Dessa vez, o autor foi o candidato Felipe D’Avila (Novo). Ao comentar algo ocorrido anteriormente, ele se aproximou do púlpito e iniciou a fala com um erro de pronúncia da palavra tristeza. O "que tistreza (sic)" logo caiu no gosto popular do brasileiro.

 

Maluf x Brizola: filhote da ditadura

Na primeira eleição presidencial realizada no Brasil após a promulgação da Constituição Federal de 1988, Fernando Collor de Mello se elegeu após uma disputa contra Lula no segundo turno. Antes disso, foram Leonel Brizola e Paulo Maluf os que protagonizaram uma discussão acalorada em debate realizado no primeiro turno e comandado pela jornalista Marília Gabriela.

Paulo Maluf chamou Brizola de "desequilibrado" e disse que um candidato à Presidência precisava ter estabilidade emocional, fazendo a plateia rir. Imediatamente, Brizola o interrompeu e chamou seu rival de "filhote da ditadura".

 

 

Flávio Bolsonaro desmaia durante debate

Nas eleições municipais de 2016, o então candidato Flávio Bolsonaro passou mal e acabou desmaiando em meio a debate envolvendo os candidatos a prefeito do Rio de Janeiro/RJ.

 

"Você quer me calar?" 

Durante as eleições de 2022, uma cena viralizou em debate no Piauí. A cena envolveu Lourdes Melo (PCO), que ao ser confrontada pelo apresentador do debate de que deveria fazer uma pergunta a um adversário, respondeu com "você quer me calar?". A frase ganhou grande repercussão e foi responsável por diversos memes.

"Eu quero defender essa corrupção"

Candidata pela primeira vez a um cargo majoritário, Wesllian Roriz (esposa do experiente político Joaquim Roriz) demonstrou nervosismo em debate com candidatos ao governo do Distrito Federal, em 2010. Em um dos momentos de nervosismo, a candidato soltou a célebre frase: "Eu quero defender toda aquela corrupção".

A declaração ganhou grande repercussão, servindo aos adversários como ferramenta para atacar a candidatura dela e o legado do marido na política local.

 

Onix x Eduardo Leite

Eleições 2022 para o governo do Rio Grande do Sul. Em debate organizado pela Rádio Guaíba e pelo jornal Correio do Povo, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) e o governador Eduardo Leite (PSDB), que concorria à reeleição, protagonizaram uma cena inusitada.

Questionado por Leite sobre que alternativas traria ao Estado, caso eleito, no que diz respeito ao regime de recuperação fiscal, Lorenzoni recusou-se a responder a pergunta e disse apenas que seria totalmente diferente à apresentada por Leite. O tucano afirmou que a alternativa dele já era conhecida, que queria ouvir a do candidato opositor, mas Onyx insistiu em não responder, afirmando apenas ser uma decisão diferente da do atual governador.

Lula cai em 'pegadinha' de Garotinho

No último debate dos presidenciáveis no primeiro turno das eleições de 2002, apresentado pela Rede Globo, a Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide) foi usada em uma pergunta por Anthony Garotinho para fazer uma 'pegadinha' contra Lula, que acabaria vencendo a eleição naquele ano.

O pessebista perguntou e Lula manteria a Cide em um eventual governo seu. Lula caiu na "armadilha" de Garotinho e, na resposta, falou da Cide como se ela fosse um órgão público do governo. Garotinho explicou, então, que é uma contribuição introduzida pelo governo federal em janeiro deste ano e que, segundo ele, cobraria R$ 0,28 sobre cada litro de gasolina vendido e R$ 0,07 sobre o litro de diesel.

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