Datena não se arrepende por cadeirada em Marçal: "Espero ter lavado a alma de milhões de pessoas"

José Luiz Datena agrediu Pablo Marçal com uma cadeirada durante debate realizado pela TV Cultura, na noite deste domingo, 15

O candidato a prefeito de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), divulgou nota na manhã desta segunda-feira, 16 sobre o episódio em que agrediu com uma cadeirada o candidato Pablo Marçal (PRTB), em meio a um debate na TV Cultura, na noite anterior. Ele afirmou que seguirá na disputa, lamentou o ocorrido, mas disse não se arrepender.

No texto, o ex-apresentador de programas policiais disse ser contra o uso da violência para resolver um conflito, porém destacou que é difícil obedecer a máxima quando "os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente".

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O jornalista disse que Marçal mostra falta de caráter e precisava ser contido com atos. "Um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade. As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas", afirmou.

Marçal relembrou uma acusação de assédio sexual contra Datena, sendo respondido pelo jornalista de que a ação já fora retirada. O empresário referiu-se várias vezes a Datena como 'Jack', gíria comum em presídios para identificar acusados de estupro. "Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário", argumentou.

Sem arrependimento

Datena admite que errou, mas diz que 'de forma alguma' se arrepende do que fez. "Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado", acrescentou.

Confira nota na íntegra:

"Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem. Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura. Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto. Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.

Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade. As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.

Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.

Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.

Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.

Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.

Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população".

 

 

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