Sabatina: Glêdson acusa Santana de 'traição' e prevê taxa do lixo para 'grandes geradores'
Encontro rendeu comentários sobre polarização política, gestão fiscal, visita de Lula e comunidade LGBTQIAPN+Sabatinado nesta terça-feira, 10, pela Rádio O POVO CBN Cariri, Glêdson Bezerra (Podemos) afirmou que, se reeleito, deve estabelecer a cobrança da taxa do lixo apenas para "grandes geradores". Na oportunidade, ele também considerou Fernando Santana (PT), seu principal adversário no pleito, um candidato sem "atributos", que tenta se viabilizar por meio de "uma ladainha" de padrinhos políticos.
O encontro também rendeu assuntos como gestão fiscal, políticas públicas para a comunidade LGBTQIAPN+, nacionalização da disputa e avaliação sobre possível visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao município, distante 527 quilômetros de Fortaleza.
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Gestão fiscal
Um dos primeiros temas da sabatina, mediada pelo jornalista Luciano Cesário, foi a gestão fiscal de Juazeiro do Norte. No encontro, Glêdson considerou que o saldo dos últimos quatro anos é positivo e mencionou o que ainda pretende fazer.
"Implementar mais, melhorar a planta cartográfica, sair da informalidade, incentivar de maneira correta, cobrar de sonegadores. Nós já fizemos isso agora, senão a gente não teria alcançado esse resultado para que o município tenha o dinheiro para entregar as políticas públicas necessárias".
Taxa do lixo
Questionado se pretende estabelecer a taxa do lixo, o prefeito e candidato à reeleição explicou que "não", mas acrescentou um adendo à resposta. "Vamos colocar uma vírgula: 'não, a não ser dos grandes geradores' e o que já está na lei", disse.
"Portanto, a Prefeitura não pode se dar ao luxo de ficar fazendo a coleta desses grandes geradores. E pode, desde que ele pague. Então, nós vamos cobrar, se a gente for cobrar em algum momento, dialogando amplamente com a população, com muita transparência, dos grandes geradores. Se for microempresário ou MEI, ele está quase igual um cidadão de uma casa comum", garantiu.
"Traição" do adversário
Para Glêdson, um dos principais gargalos de Fernando Santana, um de seus adversários na eleição, é não ser conhecido e nem ter experiência de gestão. Ele também comentou sobre o que chamou de "traição" do petista.
"A gente votou no cara, andou em todas as ruas de Juazeiro pedindo voto para ele", iniciou. "Cinco dias depois da eleição, o pagamento que eu recebi, a gratidão que eu recebi desse rapaz, em vez dele agradecer os votos que a gente conquistou e lutou, ele foi lá e disse numa rádio que poderia ser candidato a prefeito, porque ele não tinha me dito isso. O compromisso dele era voltar em mim na reeleição".
Visita de Lula ao Cariri
O candidato do Podemos acredita que uma possível visita do presidente Lula a Juazeiro do Norte não impactará negativamente a disputa para ele. Glêdson também rechaçou o uso dos padrinhos políticos petistas para tentar ganhar eleição.
"Com todo respeito que tenho ao presidente Lula, que é o presidente de todos nós. Deixar muito claro. Presidente é eleito para governar 5.570 municípios no Brasil inteiro. O governador é eleito para governar 184 cidades no Estado do Ceará e o prefeito, que foi eleito, ele é pago para governar para todas as pessoas".
Além do presidente, ele se refere ao ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e ao governador Elmano de Freitas (PT), que apoiam Fernando. O prefeito acredita que o candidato petista investe numa "polarização" da disputa, em que, do outro lado, é atribuído ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por ser "a única estratégia que pode dar certo".
"Ele não tem atributos, nem carisma que outros aliados dele têm, que têm popularidade, que deve um favor, uma amizade. Então, o que sobra para ele: ficar repetindo uma ladainha de 'não sei o que Lula, Camilo e Elmano'. Como se eles fossem governar Juazeiro. Isso é falácia", criticou Glêdson.
Comunidade LGBTQIAPN+
O prefeito também foi indagado sobre políticas públicas para comunidade LGBTQIAPN+. "É um assunto sério que requer do poder público, não proselitismo em cima de uma causa, você fica trazendo para si com discurso barato, com falácias, mas com ações".
E seguiu: "Nós temos a alegria de dizer que o nosso governo tem, do primeiro dia até hoje, o Núcleo de Diversidade de Gênero funcionando, em que nós disponibilizamos, através de profissionais como advogados, psicólogos, assistentes sociais, todo um trabalho que deve ser voltado para o público LGBTQIAPN+, inclusive vítima de violência", afirmou, acrescentando que a administração pública tem "muitos membros que compõem o público LGBTQIAPN+".