Real Time Big Data Juazeiro: Glêdson Bezerra tem 50%; Fernando Santana, 31%

Cidade que nunca reelegeu um prefeito mostra o atual gestor com larga vantagem sobre segundo colocado

Candidato à reeleição em Juazeiro do Norte, o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) totaliza 50% das intenções de voto, contra 31% de Fernando Santana (PT). Confira os números da pesquisa Real Time Big Data, encomendada pela TV Record.

Pesquisa estimulada

Glêdson Bezerra (Podemos): 50%
Fernando Santana (PT): 31%
Sued Carvalho (UP): 3%
Lino Alves (PCO): 1%
Nulo/Branco: 10%
Não sabe/Não responderam: 5%

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A pesquisa realizou 800 entrevistas entre os dias 7 e 9 de setembro. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com número CE–00867/2024. O intervalo de confiança é de 95%.


No cenário espontâneo, sem que os eleitores sejam informados sobre os nomes dos candidatos, Glêdson também lidera, com 25% das intenções. Fernando Santana aparece com 13% neste recorte. O percentual dos que não sabem ou não responderam é de 37%. Outros entrevistados citaram candidatos que não estão na disputa ou manifestaram intenção de votar nulo ou branco. A soma destes eleitores corresponde a 25% dos entrevistados. São dois fatores que evidenciam ainda haver espaço para alterações no quadro eleitoral.

Pesquisa espontânea:

Glêdson Bezerra (Podemos): 25%
Fernando Santana (PT): 13%
Davi de Raimundão (MDB): 4%
Arnon Bezerra (PDT): 1%
Germano Lima (Psol): 1%
Outros: 3%
Nulo/branco: 16%
Não sabem/Não responderam: 37%

Como está o cenário em Juazeiro do Norte?

Deputado estadual apoiado pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), Fernando enfrenta um conglomerado de partidos de oposição ao grupo que dá sustentação ao governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), eleito em 2022 ainda no primeiro turno.

Em seu arco de alianças, Glêdson conta com PDT, PSDB, Cidadania, PP, União Brasil e PL. Na convenção que o lançou como candidato, o prefeito de Juazeiro conseguiu reunir, no mesmo palanque, o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) e o deputado estadual Carmelo Neto (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Embora hoje concorram ao Executivo, Glêdson e Fernando se mantiveram próximos até o início deste ano, quando o prefeito ainda tentava postular a reeleição com a chancela do Palácio da Abolição. Como a aliança não foi possível, o chefe do Executivo municipal costurou um bloco arregimentando todas as legendas fora da composição encabeçada pelo representante do PT.

Fernando, por sua vez, consolidou-se como o adversário com mais capital para tentar impedir a reeleição de Glêdson, que chegou ao poder em 2020 ainda na esteira da força do bolsonarismo no Ceará.

Naquele ano, a oposição à direita elegeu, além de Glêdson, o prefeito de Caucaia, Vitor Valim, então no Pros, mesmo partido de Capitão Wagner à época. Passados quatro anos, Valim se deslocou para o governismo, embarcando no PSB, e Wagner migrou para o União Brasil, pelo qual concorre em Fortaleza em 2024.

Outros nomes de opositores ao governo eleitos em cidades importantes, tais como São Gonçalo do Amarante, também acabaram por aderir à base de Elmano e Camilo.

Sem segundo turno

Município tradicionalmente avesso a reconduzir gestores, Juazeiro esteve perto de alcançar número de eleitores suficiente para assegurar possibilidade de segundo turno, mas não atingiu o patamar requerido.

O primeiro turno na maior cidade da região do Cariri, no entanto, já assume desde já ares de uma disputa mano a mano, com dois polos muito bem definidos: de um lado, as forças do governismo estadual, lideradas por Camilo e Cid Gomes (PSB). Do outro, a oposição, que tem superado divergências ideológicas para se aglutinar em torno dos pleiteantes com mais chances nos principais municípios.

É o caso, por exemplo, de Ciro e Carmelo, este um bolsonarista-raiz e deputado estadual mais votado em 2022. Em Juazeiro, ambos foram recepcionados na convenção de Glêdson como os grandes fiadores de sua candidatura, que tenta agora derrotar a influência do “camilismo” na região que é berço do ex-governador e hoje chefe do MEC.

 

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