Movimento Crítica Radical faz ato no Centro de Fortaleza em defesa do "não voto"

Evento aconteceu na tarde desta sexta-feira, e os ativista laçaram o "Manifesto morte ao capitalismo"

O movimento Crítica Radical, conhecido por contestar à ordem política e econômica vigente, promoveu no Centro de Fortaleza uma ação em defesa, do que os organizadores chamam, de “emancipação” do trabalho e do capitalismo. O evento aconteceu na tarde desta sexta-feira, 6, e contou com a participação Jorge Paiva, um dos fundadores do movimento.

Entre as ações pregadas pelo movimento, está o boicote ao voto. O manifesto distribuído pelos organizadores diz que “a crise atual mostrou as limitações do capitalismo que escancarou o amadurecimento de uma situação emancipatória”.

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Os ativistas, que fazem parte do movimento, promoveram um evento de lançando do "Manifesto morte ao capitalismo", onde promoveram discursos, palestras e apresentação musicais de vários artistas cearenses. 

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Ronaldo Rogério, membro antigo do movimento, explica o porquê da defesa do boicote ao voto. “A gente prega o não voto, a não participação da sociedade no processo eleitoral. Nos propomos que a o Povo, sociedade se organize em conselhos, passem a decidir sobre a cidade, sobre o bairro, sobre o país. As pessoas podem pensar como reunir todas as pessoas, mas para que existe tecnologia? Temos tecnologia suficiente para tomar decisão sobre qualquer coisa que podemos decidir, não precisa de um prefeito iluminado”, afirma.

Os ativistas lembram que pregam o boicote ao voto, mas que, no caso de iminente vitória de um candidato da extrema-direita", podem renunciar temporariamente a bandeira em nome da derrota desses candidatos.

“Para tirar a extrema direita do poder, a própria Crítica radical não fez a campanha do não voto, e foi contribuir para retirar a extrema direita do poder, pois eles estavam acabando o país. É um problema não apenas do Brasil, é um problema mundial o crescimento da extrema-direita”, diz Eduardo Sukita, que também é ativista do movimento.

O que é Crítica Radicial?

Rogério diz que é ativista pelas ideias do movimento desde a resistência à Ditadura Militar, mas que o Crítica Radical surgiu na década de noventa e têm 27 anos e nasceu da atuação de vários ativistas como Rosa da Fonseca e Célia Zanetti. Segundo o ativista, o movimento não é a emancipação apenas do capitalismo, mas "do trabalho, e do modelo de produção".

“Nós constituímos enquanto grupo quando a gente detectou um problema. Eu estava no movimento dos metalúrgicos, que era uma demissão em massa, e esses companheiros não eram realocados em outras empresas. Era um fenômeno novo, as novas tecnologias provocaram uma mudança na base, não foi uma reestruturação produtiva”, explicou Ronaldo.

E seguiu: “Eu vi um soldador e achava que um soldador nunca fosse fazer ser substituído por um robô, mas agora tem robô que faz o trabalho mais rápido. As tecnologias economizam mais mão de obra do que o mercado de trabalho se expande”, disse Ronaldo lamentando.

“E o fim do sistema, a tecnologia, a inteligência artificial, não vai no supermercado comprar nada, ele não consome isso, mas ela desativa uma série de cadeias produtivas”, ressaltou ainda.

Perguntado se há relação do movimento com ativistas de outros estados, Rogério afirma que antes dos aplicativos de mensagem o contato com ativistas de outros lugares era muito reduzido, mas que hoje o contato é mais rápido.

Já Eduardo Sukita afirma que acompanha a Crítica Radical há anos e que suas bandeiras são para "mudar o sistema, mudar o planeta". “Acompanho a muitos anos com a nossa querida Maria Luiza, Rosa Fonseca, Jorge Paiva, Ronaldo Rogério e outros nomes nessa luta. A gente vê o Crítica Radical como uma força pra mudar o planeta, esse sistema (capitalismo) está acabando com a humanidade, está acabando com o planeta”, disse Eduardo.

 

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