Chico Malta explica indeferimento e afirma que mudanças não dependem do socialismo

Candidato defendeu o poder popular sobre orçamento, a desconcentração de renda e o transporte gratuito

Candidato a prefeito de Fortaleza, Chico Malta (PCB) explicou que aguarda que a Justiça Eleitoral acabe com indeferimento da candidatura e explicou o que causou o problema. Ele defendeu a participação popular nas decisões sobre utilização do orçamento e antecipou não ser necessário implantar o socialismo para realizar algumas mudanças. Ele foi o quinto entrevistado na Sabatina O POVO com os concorrentes ao Paço Municipal. A definição da ordem dos entrevistados ocorreu em sorteio.

Assista à sabatina na íntegra:

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Candidatura indeferida

"É uma candidatura que, por si só, é uma candidatura de resistência. O indeferimento da nossa candidatura, pedido pelo MP eleitoral, se deu pela campanha de governo de 2022. Sou advogado e, além de candidato, eu era o advogado da campanha em 2022. Na hora de juntar as contas, a assessoria considerou que, por ser advogado cadastrado, não necessitaria juntar a procuração do Chico Malta para o próprio Chico Malta. Algo até muito esquisito. E por conta da falta dessa procuração, as contas foram consideradas não prestadas, embora estejam lá todas no Tribunal. Entramos junto ao TRE com um pedido de regularização da omissão de prestação de contas, por elas terem sido consideradas não prestadas, e está para apreciação do desembargador. Nós continuamos na nossa campanha, divulgando a nossa plataforma", explicou Chico aos entrevistadores Jocélio Leal e Vítor Magalhães, ambos jornalistas do O POVO.

O candidato defendeu a participação popular no orçamento e comentou como será sua relação com a Câmara Municipal, caso seja eleito.

"Nossa proposta política é de construção do poder popular. O que significa isso? Administrar apoiado, baseado na construção de conselhos populares em todas as áreas. Na saúde, na educação, na cultura, nos transportes, ou seja, conselhos populares com autonomia, com ampla participação da população que, em última análise, é ela o destinatário de todas as realizações que se fará em uma administração pública. Não é através da gestão da prefeitura que nós vamos conseguir chegar ao socialismo", afirmou.

Sobre a relação com os vereadores: "Você acha que um vereador vai se colocar contra um projeto de habitação popular, por exemplo, se houver pressão popular? Nós teremos milhões de vereadores na cidade de Fortaleza, porque a administração vai incentivar o povo a se organizar e a lutar por aquilo que ele precisa".

Desconcentração de renda

"Os problemas da nossa população são tão gritantes, temos um PIB altíssimo, temos nove bilionários figurando na revista Forbes, mas temos também mais de 8.500 pessoas vivendo nas praças de Fortaleza, nós temos 150 mil famílias necessitando de moradia. Há uma concentração de riqueza muito grande e isso precisa mudar. Todas essas gestões administram para os ricos. Uma administração dos comunistas, do PCB, é uma administração que estará voltada para desenvolver a cidade, principalmente onde precisa. Por exemplo, desenvolver uma economia popular nas periferias, que gera emprego, renda, atividade cultural, econômica nos bairros de Fortaleza", argumentou.

Gratuidade do transporte público

O candidato defendeu o transporte público estatal e gratuito. Para ele, a viabilidade financeira seria gradativa, a partir da não renovação das concessões às empresas de transporte. "Esse é um processo gradativo. Mas, no momento inicial é tarifa-zero para estudantes, para os desempregados, para os idosos, que hoje já têm o direito, mas para todos esses setores caminhando para a tarifa-zero".

"Uma empresa pública, mas privilegiando hoje formas de transporte que também são tendência no mundo, por exemplo, a cidade de Fortaleza é um tabuleiro de xadrez, uma cidade toda quadrada, é plana, cidade de grandes eixos. Nós precisamos, por exemplo, tirar essa quantidade de ônibus que circulam no Centro, essa quantidade de carros que circulam para o centro da cidade, sufocando, substituindo por veículos leves sobre trilhos nesses grandes eixos, e a redistribuição das pessoas para os bairros seria feita através de terminais intermediários. Você desafogaria o centro da cidade, teria um transporte coletivo seguro, pontual, confortável", explicou.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

TSE

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar